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“Desmatamento não vai acabar. Queimada é cultural”, diz Bolsonaro

Dados divulgados nesta semana pelo Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais indicam aumento da área devastada na Amazônia

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
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1 de 1 jair bolsonaro - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Ao ser questionado se tomou providências em relação ao desmatamento na Amazônia, apontado como recorde pelo Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não há como acabar com os incêndios na floresta.

Segundo o presidente, queimada é algo “cultural”. “Olha, você não vai acabar com o desmatamento. Queimada é cultural”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (20/11/2019).

O chefe do Executivo voltou a criticar os governos petistas e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, gestora da pasta durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Eu vi a Marina Silva criticando anteontem. No período dela [como ministra], tivemos a maior quantidade de ilícitos na região amazônica”, acusou o presidente, sem responder ao questionamento sobre as providências que devem ser tomadas pelo atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre o desmatamento na região.

Segundo dados do Inpe, a área desmatada na Amazônia foi de 9.762 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019, um aumento de 29,5% em relação ao período anterior (agosto de 2017 a julho de 2018), que registrou 7.536 km² de área desmatada.

Os dados foram divulgados nessa segunda-feira (18/11/2019) pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais, porém questionado pelo governo.

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