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“Crueldade e perseguição”, diz PT sobre pedido de HC para Lula

O partido considera quebra dos direitos humanos contra o ex-presidente sua liberação de ir ao velório do irmão só sair depois do enterro

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
julgamento de Lula no TRE4 – reunião PT
1 de 1 julgamento de Lula no TRE4 – reunião PT - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Partido dos Trabalhadores (PT) postou nesta quarta-feira (30/1) uma nota onde considera crueldade e perseguição contra Lula os diversos pedidos de habeas corpus (HC) para que o ex-presidente acompanhasse o enterro do irmão Genival Inácio da Silva, 79 anos, o Vavá, que morreu nessa terça-feira (29/1), em São Paulo.

Antes da decisão de Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que liberou o petista mas só após o enterro, a defesa do ex-presidente  acumulou ao menos três negativas em Cortes inferiores. Juízes da primeira e da segunda instância negaram o pedido de liberação do ex-presidente para ir ao velório.

A Polícia Federal também declarou que não tinha condições de encaminhar Lula ao enterro: ele está preso desde abril em Curitiba (PR) e as cerimônias fúnebres ocorreram em São Bernardo do Campo (SP).

Veja o documento:

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Em sua decisão, Toffoli permitiu que Lula pudesse ver os parentes em uma unidade militar em São Paulo, vetando o uso de celulares, a presença da imprensa e qualquer declaração pública de Lula.

“Concedo ordem de habeas corpus de ofício para, na forma da lei, assegurar, ao requerente Luiz Inácio Lula da Silva, o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje [30/1], em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade de o corpo ser levado à referida unidade militar, a critério da família”, decidiu o presidente do Supremo.

Após a decisão de Toffoli, a assessoria de Lula postou em seu Twitter que o enterro já tinha acontecido.

Na nota, o PT diz que “Lula já foi perseguido, falsamente acusado, condenado sem provas, teve negado o direito de disputar as eleições, de dar entrevistas, receber visitas religiosas e até de nomear seus próprios advogados.

“Negar-lhe, por ação, protelação ou omissão, o direito de compartilhar, com a família e os amigos, as despedidas ao irmão mais velho é um gesto mesquinho, além de ilegal, que reforça sua condição de preso político, vítima de odiosa armação jurídica”, diz trecho. Ainda na tarde desta quarta-feira (30), o deputado petista Paulo Teixeira assinou um manifesto de repúdio à decisão que impediu Lula de participar do enterro do irmão.

 

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