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Bolsonaro sobre Secom: “Se for ilegal, a gente vê lá na frente”

Presidente disse que está tudo “ok” com o secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (16/01/2020) que, se for comprovada alguma ilegalidade na gestão do secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten, alguma decisão pode ser tomada. No entanto, o chefe do Executivo disse que “até agora está tudo ok”.

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nessa quarta-feira (15/01/2020) diz que Wajngarten receberia dinheiro por parte de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo por meio de repasses a uma empresa da qual é sócio: a FW Comunicação e Marketing.

“Se for ilegal, a gente vê lá na frente. Mas, do que eu vi até agora, está tudo ok com o Fábio [Wajngarten]. Vai continuar, excelente profissional”, disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.

À frente da Secom desde abril de 2019, Wajngarten ainda é o principal sócio da FW, empresa que oferece um serviço também chamado de Controle da Concorrência.

Por lei, um integrante da cúpula do governo não pode manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas pelas próprias decisões. Caso a legislação seja descumprida, o ato pode configurar improbidade administrativa por implicar conflito de interesses. A demissão do agente público é uma das penalidades previstas.

Além disso, segundo a Folha, a empresa ofereceria estudos de mídia para TVs e agências. A FW ainda faria o serviço também conhecido como checking, que “fiscaliza” se peças publicitárias contratadas foram veiculadas nos meios de comunicação.

O chefe da Secom tem 95% das cotas da empresa, enquanto a mãe dele, Clara Wajngarten, possui o restante (5%).

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