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Bolsonaro se recusa a responder se manterá Onyx no cargo

Presidente disse que não falaria porque “não é de recuar”, dando a entender que o cargo do ministro segue ameaçado, embora ainda sem decisão

atualizado

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Onyx Lorenzoni – Ministro da Casa Civil
1 de 1 Onyx Lorenzoni – Ministro da Casa Civil - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se recusou a responder nesta segunda-feira (03/02/2020) se manterá o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), à frente da pasta. “Como eu não não sou de recuar, eu não vou te responder”, disse a jornalistas que o aguardavam na entrada do Palácio da Alvorada, deixando no ar a hipótese de que não quer correr o risco de afirmar que Onyx segue e, em seguida, desmentir-se ao eventualmente demiti-lo.

Titular da Casa Civil, Onyx enfrenta desgaste devido ao esvaziamento de sua pasta e com demissões de assessores próximos enquanto estava em férias.

Na semana passada, o ex-secretário-executivo da Casa Civil José Vicente Santini demitido pelo presidente por usar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para dois deslocamentos: o primeiro até Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial. Na ocasião, ele atuava como ministro-chefe da Casa Civil de forma interina, no lugar de Onyx.

Na sequência, usou novamente o avião militar para ir até a Índia, onde o presidente Jair Bolsonaro se encontrava em viagem oficial. Os gastos estimados com o deslocamento de Santini passam dos R$ 700 mil.

Questionando se havia decidido adotar algum novo critério para o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), Bolsonaro disse apenas que já resolveu “o que tinha para resolver”. “Minha palavra vale mais que um pedaço de papel. Já tá bem melhor a questão de uso de aviões das Forças Armadas. Já dei as ordens pra cair [o uso dos] aviões das Forças Armadas”, declarou.

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