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Bolsonaro ignora parceira França em evento do submarino Humaitá

A embarcação tem financiamento francês e é a segunda da série de quatro previstas em acordo celebrado entre os países

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
11/10/2019 Cerimônia de Integração do Submarino Humaitá (SBR
1 de 1 11/10/2019 Cerimônia de Integração do Submarino Humaitá (SBR - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ignorou a França ao participar da cerimônia de integração do submarino Humaitá, o segundo construído após parceria entre os dois países em 2008, ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele destacou a importância do projeto para proteger a “soberania nacional” e disse que o Brasil vai vencer o que considera inimigos externos.

“Quando o Brasil sofria um ataque sobre a dúvida da nossa soberania da Amazônia, tive a grata satisfação de, em nome do Brasil na ONU, falar para todo o mundo que a Amazônia é nossa e é patrimônio do Brasil”, afirmou o presidente.

Bolsonaro esteve no Rio para participar da integração das partes do submarino Humaitá, que entra agora na fase final de montagem antes de ser lançado ao mar para testes. A embarcação é a segunda da série de quatro submarinos convencionais previstos em acordo feito entre o Brasil e a França em 2008.

O projeto tem financiamento francês. O país europeu virou, nos últimos meses, o pivô da crise diplomática gerada pela política externa brasileira. Além de acusar o presidente francês, Emmanuel Macron, de querer “internacionalizar” a Amazônia, Bolsonaro fez declarações ofensivas à primeira dama Brigitte Macron.

Crise com PSL
Bolsonaro também destacou, ao lembrar um dos lemas da campanha de 2018, que “seu partido é o Brasil”. Ele vive uma crise com o PSL, ao qual se filiou antes do pleito do ano passado.

Outra indireta do presidente foi destinada ao governador do Rio e possível adversário na tentativa de se reeleger em 2022, Wilson Witzel, que estava na cerimônia. Olhando para o mandatário fluminense, disse: “Trabalho para que no futuro quem, por forma ética, moral e sem covardia, queira assumir a Presidência da República tenha uma situação bem melhor do que a que encontrei no presente ano”.

O presidente e o governador se afastaram no último mês, depois que Witzel manifestou em mais de uma ocasião que quer disputar a eleição presidencial. Bolsonaro também olhou para o governador quando citou “inimigos internos”.

A cerimônia ocorreu em Itaguaí, região metropolitana do Rio, no Complexo Naval. Também participaram, além de Witzel, diversos ministro de Estado, entre eles o da Economia, Paulo Guedes, o da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

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