Após Bolsonaro, Alckmin admite facilitar porte de armas se for eleito
De acordo com o pré-candidato à Presidência, os agricultores ficam muito vulneráveis e isolados no campo
atualizado
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Conhecido como defensor do estatuto do desarmamento, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, admitiu, pela primeira vez, na manhã desta quinta-feira (17/5) que facilitará o porte de armas caso seja eleito, mas apenas em áreas rurais. A fala do tucano ocorreu após ter sido questionado sobre as propostas de seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) para aumentar a segurança no campo.
“É claro que pode ter porte de armas. Na área rural, até deve ser facilitado”, afirmou, ressaltando que, no campo, as pessoas estão muito distantes umas das outras e o isolamento as torna alvo. “Já existe. Não estudei detalhes, mas vamos estudar. Não quero, aqui, entrar nessa miudeza eleitoral”, disse, referindo-se a Bolsonaro.
A explanação do tucano foi feita em São Paulo, durante o anúncio de eventuais nomes de sua equipe econômica, caso seja eleito. Entre eles, estão Edmar Bacha e Persio Árida, criadores do Plano Real.
Alckmin citou ainda que, enquanto o parlamentar propõe dar fuzis aos fazendeiros, ele prefere oferecer tratores.O estudo citado pelo presidenciável está sendo feito pelos integrantes de sua equipe responsáveis por elaborar propostas para a área da segurança. O coordenador é Leandro Piquet Carneiro, que ainda não apresentou uma conclusão a respeito. A ideia inicial, no entanto, seria apenas regularizar quem tem porte ilegal de armas em zona rural, sem ampliar esse direito para as cidades.
Como proposta para aumentar a segurança no campo e combater as quadrilhas especializadas, o tucano citou a importância de se aprimorar as investigações policiais. Essa pauta é, hoje, a principal demanda do setor do agronegócio no país, conforme informou o Estado no dia 6 de maio.