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Polícia paraguaia: terceirizado do PCC teria executado jornalista

Jornalista foi executado em casa, em 12 de janeiro deste ano com 12 tiros de pistola 9mm, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai

atualizado

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O comissário Gilberto Fleitas, chefe do Departamento Contra o Crime Organizado da Polícia Nacional do Paraguai, disse em entrevista à rádio ABC Cardinal, nesta segunda-feira (24/02/2020), que a execução do jornalista Leo Veras teria sido terceirizada por chefes locais do PCC, “que se passam por poderosos empresários”.

Segundo Fleitas, a peça-chave da investigação foi o Jeep Renegade branco encontrado na madrugada de sábado durante a Operação Alba, que prendeu seis paraguaios, três brasileiros e um boliviano em Pedro Juan Caballero.

O carro é idêntico ao usado pelos três homens encapuzados que invadiram a casa de Leo Veras na noite do dia 12 deste mês e o executaram na frente de seus filhos, da esposa e do sogro.

O comissário Gilberto Fleitas reafirmou que os supostos mandantes da execução são integrantes da estrutura criminosa liderada por Sergio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, Ederson Salinas Benítez, o Ryguasu, e Marcio Sanchez, o “Aguacate”.

Minotauro está preso no Brasil desde que foi localizado em Balneário Camboriú (SC) e Ryguasu está na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) após ser preso durante briga de trânsito em Ponta Porã, em janeiro deste ano. Aguacate é considerado o chefe dos matadores de aluguel que atuam na fronteira.

Segundo o comissário paraguaio, a investigação revela que a ordem para execução de Leo Veras teria sido cumprida por Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”.

Fleitas informou à rádio paraguaia que Cintia Raquel Pereira Leite, presa sábado, é irmã de Cachorrão e teria dirigido o Jeep Renegade no ataque que tirou a vida de Leo Veras. O bandido está condenado a 17 anos de prisão no Brasil e é apontado como dono de vários desmanches de carros roubados em Pedro Juan Caballero.

O comissário ainda afirmou que a ordem para a morte de Leo Veras partiu de Ederson Salinas Benítez. Segundo o policial paraguaio, a suspeita é que o jornalista tenha alertado policiais brasileiros que o bandido usava documento falso no momento em que foi preso por porte de arma durante a briga de trânsito.

O caso
O jornalista foi executado em casa, em 12 de janeiro deste ano, com 12 tiros de pistola 9mm, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Assim que os criminosos invadiram o local, a vítima tentou correr, mas foi perseguida e assassinada. Veras ainda levou um tiro na cabeça quando já estava caído no chão.

A esposa de Leo Veras contou à polícia que ele andava bastante nervoso nos últimos dias, mas não soube confirmar se o companheiro vinha sendo ameaçado.

O profissional chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Após a morte, a polícia foi até a casa do jornalista e apreendeu celular e computador para investigar o motivo do crime.

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