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Polícia Civil investiga caso mais grave do jogo Baleia Azul em PE

Uma imagem divulgada pela própria jovem no Facebook mostra seu corpo cheio de cortes de navalha e estilete

atualizado

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mar oceano baleia azul
1 de 1 mar oceano baleia azul - Foto: iStock

Mais um caso do jogo Baleia Azul está sendo investigado pela polícia em Pernambuco. Desta vez, a vítima é uma jovem de 19 anos, moradora do bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Este está sendo considerado o caso mais grave investigado no estado e os policiais acreditam que a vítima estava prestes a realizar a última fase: tirar a própria vida.

Uma imagem divulgada pela jovem no Facebook mostra seu corpo cheio de cortes de navalha e estilete – inclusive com uma cruz riscada na região do tórax. Segundo a mãe da vítima, a filha sempre foi introspectiva, mas a situação se agravou nos últimos três meses.

A mãe procurou a delegacia nesta quarta-feira (10/5). Ela havia sido informada por parentes da foto que a filha postou no Facebook e pediu para ver o corpo dela.

A vítima passou praticamente toda a tarde na delegacia, mas a polícia não conseguiu tirar uma única informação porque ela se recusou a falar. A jovem foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML) para exame traumatológico. O levantamento foi parcial porque ela se recusou a mostrar todos os ferimentos.

Os agentes descobriram que os contatos dos organizadores do jogo com a mulher eram feitos por meio do Messenger, aplicativo de troca de mensagens do Facebook. Os policiais conseguiram alguns trechos das conversas.

Em Pernambuco, oito casos são investigados, sendo seis pela Polícia Civil e dois pela Polícia Federal. A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) conta que desde que começou a fazer palestras sobre o tema em prefeituras e escolas, por exemplo, as denúncias diminuíram em 80%.

Os envolvidos nesse crime responderão pelo que consta no Artigo 122 do Código Penal, que se refere a instigar alguém ao suicídio. O indiciado pode pegar até 12 anos de reclusão.

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