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Filha de bicheiro acusa ex-cunhado de tentar assassiná-la

Shanna acredita que herança de R$ 25 milhões está por trás da guerra na família

atualizado

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1 de 1 maninho - Foto: Reprodução/ Facebook

Alvo de tentativa de homicídio na última semana, Shanna Garcia prestará depoimento nesta segunda-feira (14/10/2019) pela primeira vez depois do atentado. Filha do contraventor Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, ela acusa, sem provas, o ex-cunhado Bernardo Bello pelo crime.

“Hoje, não tomo conta de nada. Ele toma conta de tudo. Não pode ter vindo de outra pessoa, a não ser dele, a ordem para matar. Do meu irmão, não tenho dúvidas de que a ordem veio dele. Mirynho [irmão assassinado em 2017] estava tentando saber e participar de tudo. É o que está acontecendo comigo agora, mas, graças a Deus, escapei”, disse, em entrevista ao jornal Extra.

Bernardo seria o atual responsável pelos pontos do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis. A herança de Maninho, estimada em R$ 25 milhões, está por trás da guerra que matou quatro integrantes da família nos últimos anos, segundo Shanna.

Os homicídios jamais foram desvendados, de acordo com ela. A mulher alega uma “polícia corrompida” e diz não confiar na Delegacia de Homicídios (DH) por ter “um monte de gente vendida”. A Polícia Civil não comentou as declarações de Shanna.

“Tem exceções, claro, mas eu diria que quase toda a polícia do Rio é corrompida. Por isso, não resolve os casos. Um exemplo: no inquérito do meu irmão [Myro], morto em 2017, só fui prestar depoimento neste ano. Falei muita coisa e meu relato foi para dentro da gaveta”, afirmou. 

Entenda
Shanna Garcia, filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, foi baleada na manhã da última terça-feira (08/10/2019), em frente a um shopping na zona oeste do Rio de Janeiro. Socorrida pelo Corpo de Bombeiros, ela foi levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.

Patrono da tradicional escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, o contraventor Maninho foi executado na frente de um dos filhos em 2004, quando deixava uma academia em Jacarepaguá, também na zona oeste da cidade.

Na ocasião, o filho Myro, então com 15 anos, também foi baleado, mas sobreviveu. Em 2017, o rapaz foi assassinado após ter sido vítima de sequestro e extorsão.

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