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Coronel da PM diz que jovem que perdeu a visão “colheu o que plantou”

Em postagem compartilhada na página pessoal do Facebook, Henrique Mottta também afirmou que “As escolhas que você procura (…) tudo será determinante para a colheita futura”

atualizado

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policial henrique motta
1 de 1 policial henrique motta - Foto: Reprodução

O coronel da Polícia Militar Henrique Motta parece não se sensibilizar com as sequelas provocadas por atos de policiais que participam de protestos. Em sua página pessoal do Facebook, o coronel parece debochar da estudante mineira Deborah Fabri, 19 anos, que perdeu a visão do olho esquerdo após ser atingida por estilhaços de bombas lançadas por PMs durante uma manifestação contra o presidente Michel Temer em São Paulo, ao compartilhar uma postagem que afirma: “Quem planta rabanete, colhe rabanete”. As informações são do portal G1.

A publicação foi originalmente publicada na página “Socialista de iphone”, que possui forte viés de direita. Nela, há uma montagem que reúne várias postagens de Deborah feitas em redes sociais. Em uma delas, datada de novembro de 2015, ela diz: “Cara, eu sou a favor de qualquer ato de qualquer destruição em protesto de cunho político que tenha objetivos sólidos!”. Outro post, do dia 1º de setembro, mostra seu comentário após ser ferida no protesto do dia 31: “Oi pessoal estou saindo do hospital agora. Sofri uma lesão e perdi a visão do olho esquerdo mas estou bem. Obrigada pelas mensagens e apoio logo logo respondo todos!!!”.

Ao compartilhar a postagem feita pela página “Socialista de iphone”, o Coronel adicionou uma frase que afirma ser do padre Fábio de Melo: “As escolhas que você procura (…) tudo será determinante para a colheita futura”.

Henrique passou a ser criticado pela publicação compartilhada e, como resposta, trocou a foto de seu perfil por uma imagem que possui a frase: “Quem quiser boa colheita, a melhor receita é ser bom plantador”.

Em nota, a Polícia Militar diz que “respeita a liberdade de expressão e o direito de opinião, desde que não configure crime. Isso vale também para os seus integrantes”. Além disso, a nota afirma que “não há indícios de que as suas opiniões tenham em algum momento interferido em seu trabalho técnico, que tem se mostrado isento e imparcial”.

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