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PM mata ex-sogro a tiros após vítima denunciá-lo por ameaças em PE

O ex-sogro, de 47 anos, foi morto com seis tiros disparados pelo PM. Caso aconteceu em Belém do São Francisco, no sertão de Pernambuco

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O policial militar Gercino Bahia da Silva Júnior perseguiu e atirou seis vezes contra o ex-sogro Lázaro Maciel Soares da Silva, de 47 anos, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco.

A vítima foi socorrida e levada a uma unidade de saúde do município, chegou a ser transferida para um hospital em Salgueiro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

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Vítima foi morta com seis tiros
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Vítima não aprovava relacionamento do PM com a filha dele

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Vítima foi morta com seis tiros

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De acordo com a família da vítima, Lázaro trabalhava como motorista autônomo e foi morto após denunciar o PM na delegacia da cidade por invadir sua chácara e ameaçá-lo com disparos de arma de fogo horas antes do crime.

Segundo informações do G1, o policial e o ex-sogro haviam brigado porque a vítima não aceitava o relacionamento da filha.

O crime aconteceu na noite do sábado (7/9), por volta das 20h, em frente a uma praça, na Rua Antônio Teodósio, no Centro da cidade.

Vários tiros no ex-sogro

Uma familiar da vítima, que estava no local no momento do crime, disse que o ex-sogro do PM foi baleado na barriga, nas costas e nos ombros.

“Ele botava a mão na barriga para dizer que estava doendo muito. Vi sangue saindo da boca dele. […] Até o meio do caminho [para o hospital de Salgueiro], ele estava com vida, o médico informou. Quando saiu do carro, já tinha perdido o pulso. Tentaram reanimar, ele voltou, mas depois o pulso ‘sumiu'”, contou ao g1, a testemunha que preferiu não se identificar.

O atirador fugiu após o crime. “Ele [o policial] saiu em cima de uma moto com alguém, que já estava esperando para a fuga. Ele deixou o carro dele abandonado na avenida. E, de manhã, vi o carro [do atirador] na delegacia”, disse a testemunha.

Ameaça e perseguição

Segundo a testemunha, no dia do crime, a família estava reunida na chácara de Lázaro, na zona rural de Belém do São Francisco, quando, por volta das 17h, o militar invadiu a propriedade com outros dois homens.

De acordo com a parente, Gercina manteve um relacionamento com a filha do motorista pelos últimos dois anos.

“Ele controlava ela como se fosse boneca. Proibia de sair com a própria irmã, com os amigos. E a gente sempre ficava com medo porque ele poderia chegar no local e atirar em todo mundo. Em qualquer lugar, ele atira para cima e ninguém fala nada. Parece que todos ficam com medo quando se trata de um policial”, afirmou a testemunha.

Ainda segundo a familiar, Lázaro pediu para eles irem embora, e os três homens retornaram ao carro, deixando o local. Minutos depois, o trio teria aproveitado que a irmã do motorista estava entrando na propriedade para entrar na chácara novamente.

“Ele [Lázaro] foi falar alto: ‘Saia da minha propriedade agora’. Aí ele [Gercino] começou a levantar a voz. Parecia que estava cheio de droga ou de álcool, estava muito agressivo. Estava tão bêbado que pegou na pistola para ameaçar Lázaro de morte; a pistola caiu da mão dele e caiu nos pés da mulher dele [da vítima]”, contou.

De acordo com a testemunha, amigos da vítima trancaram o motorista dentro de casa para evitar uma confusão maior, e o policial deu três tiros para cima e saiu da chácara.

“A gente não ficou mais em paz porque não sabia se ele ia voltar e matar todo mundo. A gente ficou com medo. Arrumamos nossas coisas e fomos para a delegacia de Belém [do São Francisco] fazer um boletim de ocorrência”, declarou.

Conforme a mulher, Lázaro registrou a queixa e, ao sair da delegacia, foi visto por Gercino, que estava em uma distribuidora de bebidas.

“Ele deu ré no carro dele e começou a seguir a gente. E ele queria, de toda forma, ultrapassar para pegar de frente. Ia matar todo mundo. Lázaro entra numa rua, ele vai na contramão e acaba jogando o carro por cima do meio-fio. Lázaro pensou em ir para a praça porque tinha muita gente. […] Parou na praça e ele [o policial] parou atrás. E daí ele desceu tirando a arma da cintura”, recordou a testemunha.

Investigação

A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou que tomou conhecimento do ocorrido e vai abrir um processo disciplinar contra o PM.

A Polícia Civil de Pernambuco afirmou que abriu um inquérito para investigar o caso. Já a Polícia Militar disse que a 1ª Companhia Independente da corporação foi acionada e segue com as buscas para localizar o militar que cometeu o crime.

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