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PM afasta comandante após morte de adolescente e criança no Rio

O caso teria começado com uma tentativa de abordagem a dois homens em uma moto na saída de um baile funk no Morro do Dendê

atualizado

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Divulgação/PMRJ
policiais militares do rio de janeiro uniformizados parados em fila
1 de 1 policiais militares do rio de janeiro uniformizados parados em fila - Foto: Divulgação/PMRJ

A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou o tenente-coronel Fábio Batista Cardoso do comando do 17º Batalhão da PM, na Ilha do Governador, na tarde deste sábado (12/8). Mais cedo, um adolescente, de 17 anos, e uma menina, de 5, foram mortos após serem baleados por militares da corporação, segundo moradores.

Em nota, a PM afirma que o afastamento de Cardoso acontece para “dar uma maior lisura e transparência à averiguação dos fatos referentes às ações ocorridas na manhã deste sábado (12/08)”.

Uma das vítimas, Wendel Eduardo foi atingido enquanto estava na garupa de uma moto, na Avenida Paranapuã, por volta das 7h30. O veículo teria furado um dos bloqueios na saída de um baile funk, no Morro do Dendê.

Já Eloá Passos foi baleada dentro de casa, uma hora depois, na comunidade onde houve a festa na madrugada anterior.

Imagem colorida de menina morta em operação da PM
Criança foi morta dentro de casa, por um tiro supostamente disparado pela PM do Rio

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A PM alega que uma equipe do 17º BPM “teve atenção voltada para dois homens em uma motocicleta, na Rua Paranapuã, na Ilha do Governador, onde o ocupante de carona portava uma pistola. Após uma tentativa de abordagem, o indivíduo disparou contra a equipe, e houve revide.”

A corporação alega que o suspeito foi ferido e socorrido pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal Evandro Freire, enquanto o outro homem foi conduzido à 37ª DP, a fim de prestar esclarecimentos.

O tio de Wendel, por outro lado, afirmou que testemunhas lhe disseram que seu sobrinho se rendeu e levantou os braços antes de ser baleado. Ele também disse que nunca teve notícias de que o sobrinho tivesse envolvimento com crimes.

Depois dessa morte, moradores de uma localidade do Dendê conhecida como Cova da Onça começaram uma manifestação, que segundo testemunhas, foi reprimida a tiros. Um desses tiros teria atingido, segundo a família, Eloa, que estava no quarto.

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