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“Pior parte é lidar com a dor das famílias de Brumadinho”, diz tenente

Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais explicou como os agentes e socorristas têm atuado nas buscas de vítimas

atualizado

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Divulgação/Instagram
Pedro Aihara
1 de 1 Pedro Aihara - Foto: Divulgação/Instagram

Em pouco mais de 40 dias após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros já recuperou 403 corpos ou partes de corpos num trabalho realizado com a ajuda de maquinário pesado.

193 pessoas já foram identificadas e 115 continuam desaparecidas.

Em entrevista concedida ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, nesta sexta-feira (8/3), o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais explicou como os agentes e socorristas têm atuado nas buscas de vítimas.

Os agentes montaram uma estrutura de drenagem para que seja possível a utilização dos equipamentos na área inundada.

A lama em alguns locais chega a ter de 15 a 20 metros de profundidade.

Para Aihara, mesmo com as dificuldades encontradas no dia a dia de buscas, a pior parte do trabalho é ainda lidar com a dor de familiares e amigos das vítimas.

Sobre militares contaminados com metais pesados, o tenente explicou que a contaminação já era esperada, mas que se trata de uma alteração temporária.

Todos os militares que atuam em Brumadinho estão sendo acompanhados por médicos e psicólogos.

Eles recebem remédios profiláticos para evitar algumas doenças, como a leptospirose e após a finalização da operação, o acompanhamento médico junto aos agentes deve se manter por alguns anos.

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