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Pela primeira vez, pastora batista celebra casamento homoafetivo

A cerimônia uniu duas mulheres em Maceió. Foi a primeira união homoafetiva realizada por uma mulher

atualizado

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Arquivo Pessoal/Reprodução/UOL
casamento gay maceió
1 de 1 casamento gay maceió - Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução/UOL

Uma pastora da Igreja Batista celebrou pela primeira vez um casamento homoafetivo. Odja Barros concedeu a benção a duas mulheres em Maceió (AL), no sábado (11/12), em um dos primeiros matrimônios realizados por pastores batistas no país entre duas pessoas do mesmo sexo.

A cerimônia uniu o casal Tuane Alves, 29 anos, e Erika Ribeiro, também de 29, em um salão de festas da capital alagoana. A bênção religiosa foi vista como um marco, pois a denominação batista é considerada uma das mais tradicionais e conservadoras igrejas evangélicas do Brasil. Apesar de outros matrimônios entre pessoas LGBTQI+ terem sido realizados por pastores da igreja, esse foi o primeiro celebrado por uma mulher.

“Senti frio na barriga de emoção, de saber que estava vivendo algo que é fruto de muita luta. Como pastora feminista, queria muito que minha primeira celebração de casamento igualitário fosse com duas mulheres”, contou a pastora e teóloga à Universa, do UOL.

Tuane e Érika fazem parte da juventude da Igreja Batista do Pinheiro, conhecida por atuar em defesa de minorias e pessoas vulneráveis. Em 2016, a igreja foi expulsa da Convenção Batista por aceitar incluir e batizar pessoas homossexuais. Apesar de ter realizado muitos casamentos, essa foi a primeira vez que Odja deu a bênção a um casal gay.

“Eu sei que, até na luta LGBTQI+, as conquistas das mulheres vêm com mais dificuldade. Por isso, me senti tão honrada e privilegiada de ser celebrante de um momento novo e histórico dentro da tradição de igrejas batistas no Brasil”, adicionou a teóloga.

Em termos de ritos religiosos, o enlace do casal não foi diferente de outras cerimônias. “Todos os casamentos que fazemos seguem o mesmo ritual cristão. Não existe, na batista, um ritual específico. Cada celebrante tem autonomia para construir o cerimonial a partir da sua tradição religiosa”, explicou Odja.

O peso do marco, porém, separou o evento da experiência de outros casais que subiram ao altar. Na visão da pastora, o diferencial foi a afirmação da diversidade sexual e da legitimidade de uma cerimônia homoafetiva. “Nós tivemos ali também um momento educativo para as pessoas que estavam participando do casamento. Era muito importante afirmar o direito LGBTQI+ à união civil”, completou.

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