Rio de Janeiro – A investigação sobre o desaparecimento de três crianças em Belford Roxo levou a polícia a interceptar ligações telefônicas e áudios de traficantes da comunidade local conhecida como Castelar. A Polícia Civil do Rio de janeiro também obteve relatos que indicam como os meninos foram assassinados pelos criminosos.
Uma testemunha contou que ouviu o gerente do tráfico do Castelar, identificado como Wille de Castro, assumir que matou as crianças porque elas roubaram passarinhos de um parente do criminoso.

Meninos de Belford Roxo estão desaparecidos há mais de nove mesesReprodução

Uma das crianças morreu após ser torturada, e as outras duas foram executadasDivulgação/Polícia Civil

Os três meninos que desapareceram em Belford Roxo, na Baixada Fluminense do RioDivulgação/Polícia Civil

Os alvos da polícia teriam participação no crime contra os meninosReprodução

Polícia prende traficante que torturou morador acusado pelo desaparecimento dos três meninos em Belford RoxoDivulgação

Bombeiros buscam restos mortais dos meninos desaparecidos em Belford RoxoAline Massuca / Metrópoles

Equipes se reuniram na Delegacia de Homicídios da Baixada para a açãoAline Massuca / Metrópoles
“Nós pegamos as crianças, matamos elas, elas estavam roubando no morro, pegaram o passarinho do meu tio para vender na feira”, teria dito o traficante, segundo o relato dessa testemunha, revelado por reportagem do jornal O Dia.
De acordo com a publicação, a polícia descobriu que os meninos sofreram uma sequência de espancamentos como castigo. Uma delas teria morrido durante essa sessão de tortura. Os outros dois foram mortos na sequência.
Os primos Alexandre da Silva, 10, Lucas Matheus da Silva, 8, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11 anos, estavam desaparecidos desde dezembro de 2020.
Nesta quinta-feira (9/12), uma operação para cumprir 56 mandados de prisão expedidos pela Justiça foi deflagrada para prender envolvidos no caso. Até as 10h30, 31 pessoas estavam presas – 15 delas já no sistema penitenciário. Dois dos presos foram detidos em flagrante.