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Para Jungmann, greve de caminhoneiros pode ser ação de empresas

Ministro da Segurança Pública disse não haver proposta para uso da força contra manifestantes, mas “tem plano de contingência”

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública, afirmou nessa quinta-feira (24/5) haver possibilidade de a greve dos caminhoneiros ser uma paralisação ordenada como manobra de empresários do setor, o chamado locaute. As informações são da Folha de São Paulo.

Caso a suspeita seja confirmada, o chefe da pasta passará as investigações para a Polícia Federal. As informações provenientes do setor de inteligência do governo sugerem ser “as duas coisas”, ou seja, greve e locaute, acredita Jungmann.

“No momento, estamos ainda colhendo informações na área de inteligência. Agora, comprovada efetivamente a participação de locaute, e como isso de fato é ilegal, não é permitido, porque atenta contra a economia, evidentemente iremos tomar providências. Mas primeiro tenho de checar essas informações, torná-las, de fato, sólidas e consolidadas, para, então, poder acionar a Polícia Federal.”

Segundo o ministro, há indícios de participação das empresas, por exemplo, quando houve pedido de escolta para caminhões-pipa e de abastecimento. As distribuidoras e transportadoras, em resposta, negavam a autorização para que seus motoristas levassem as cargas.

“E isso aconteceu em várias localidades e em vários momentos, então, para mim, caracteriza, de fato, uma ação coordenada entre [motoristas] autônomos e também efetivamente empresas de distribuição e transportadoras”, acrescentou”. O titular da pasta da Segurança Pública não especificou quais foram essas localidades.

De acordo com o ministro, esses relatos lhe foram informados nessa quinta (24), mas “pode ter acontecido até outros dias, não sei”.

Forças Nacional
A Força Nacional, de acordo com Raul Jungmann, está “pronta para agir”, mas não há previsão para isso acontecer. Entretanto, 120 homens foram enviados para Minas Gerais.

“Não temos até aqui nenhuma solicitação para emprego de Forças Armadas. A Força Nacional está colaborando com a Polícia Rodoviária Federal, isso já está acontecendo. Agora, dispomos de planos de contingência. E isso está inteiramente delineado para alguma necessidade ou requisição proveniente das autoridades.”

Antes do anúncio do acordo firmado entre a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e o governo federal, Jungmann afirmou que o governo busca a interrupção da paralisação, mas “tem plano de contingência para evidentemente desobstruir e não permitir aprofundamento desta situação crítica”.

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