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Pandemia leva a queda de 66% no faturamento do turismo no Amazonas

A pesquisa destaca o mês de março como o início do comprometimento nas finanças de quem opera com o turismo

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1 de 1 amazoniaaa (1) - Foto: REPRODUÇÃO/WIKKIPEDIA

O setor de turismo no Amazonas registrou uma queda de 66% no faturamento devido às medidas de isolamento social adotadas em virtude da pandemia de Covid-19. O setor registrou ainda redução de 72% do faturamento das agências de turismo e de 70%, na área de hospedagens. Os dados fazem parte da Pesquisa-Raio X do Turismo Frente à Covid-19, realizada no mês de abril, pela Rede Observatório de Turismo da Universidade do Amazonas, em parceria com a Amazonastur, para avaliar os efeitos da crise sanitária no turismo do estado.

A pesquisa destaca o mês de março como o início do comprometimento nas finanças de quem opera com o turismo. Naquele mês, 54,6% sentiram a queda do faturamento (porém, isso já havia ocorrido para 30,3% em fevereiro), 60,6% tiveram o cancelamento de reservas, 50% tiveram que reembolsar clientes, 51,5% tiveram adiamento de serviços contratados e 53% tiveram serviços cancelados.

De acordo com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a pandemia de Covid-19 afetou duramente o turismo e outras atividades, como o artesanato e a pesca esportiva, acarretando em redução da renda de pequenos e médios empreendedores do estado, que dependem principalmente do turismo e dos visitantes.

Segundo os dados da FAS, os prejuízos atingem várias áreas, como o baixo Rio Negro, que concentra algumas das principais pousadas da região.

Proprietário de uma pousada, Roberto Brito disse que as perdas com reservas e pacotes cancelados, entre março e maio, quando não houve hóspedes, chegaram a quase R$ 64 mil. No mesmo período do ano passado, o faturamento foi de R$ 51 mil. “Essa é a pior crise que eu já tive como empreendedor e como morador ribeirinho”, disse Brito.

Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, as perdas das pousadas esportivas devem acumular R$ 2 milhões em cancelamentos neste ano. Grupos que vivem da venda de artesanatos de madeiras, fibras, sementes, pedras e cipós coletados na floresta no RDS do Rio Negro, deixaram de comercializar pelo menos R$ 8,5 mil entre março e maio.

Campanha

Como alternativa, em setembro, foi lançada uma campanha para divulgar o retorno gradual do turismo local. São filmes exibidos nas redes sociais contando a história de cada pousada e mostrando o caminho para chegar até elas.

Segundo Mourão, a campanha tem funcionado e a demanda, aumentado. As comunidades têm tentado converter isso em venda e reservas de pacotes. “Obviamente que a Covid-19 está presente e isso tem sido um grande desafio, ao equilibrar a saúde e a vida das pessoas da comunidade com a presença de turistas”.

A ideia é aproveitar o chamado Verão Amazônico, iniciado em setembro, e investir no turismo doméstico, chamando o próprio amazonense e o nortista a olhar para a região com mais orgulho, valorizando os destinos próximos.

“É importante que o amazonense e o nortista olhe para isso e consiga reconhecer valor nas experiências na floresta, nos rios, com as pessoas, com a vivência amazônica para que isso tudo possa ser convertido em valor”, explicou.

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