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Pai de santo é preso por abusar de pelo menos quatro mulheres em RS

Os abusos aconteciam quando as vítimas procuravam por trabalhos espirituais conduzidos pelo acusado

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Imagem ilustrativa de um homem com as mãos na boca de uma mulher - Metrópoles
1 de 1 Imagem ilustrativa de um homem com as mãos na boca de uma mulher - Metrópoles - Foto: Reprodução/iStock

O pai de santo Marcos Paulo Souza Chaves, 43 anos, foi  preso depois de ser denunciado por abuso sexual em Rio Grande (RS). A acusação teve por base os relatos de duas mulheres e duas adolescentes, que teriam sofrido a violência ainda crianças. Segundo as quatro alegaram, todas foram assediadas durante rituais religiosos com o homem, conhecido com pai Marcos de Yemanjá. O caso teve ampla repercussão na mídia regional.

Segundo os relatos, os abusos aconteciam quando as vítimas procuraram por trabalhos espirituais conduzidos por Marcos Paulo. Assim que chegavam ao local onde ele atendia, eram conduzidas para uma sala reservada, onde o homem ordenava que ficassem nuas e abusava sexualmente delas. Ele dizia ser um pedido da “entidade” das mulheres, uma parte normal do ritual.

Uma das mulheres que procurou o atendimento espiritual para tratar problema de pele desconfiou do procedimento, pesquisou e descobriu que a situação pela qual passara não era normal. Ela, então, denunciou o caso à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) da região. A Polícia Civil abriu apuração e chegou a mais três vítimas: uma mulher e duas adolescentes, que sofreram abusos há cerca de quatro anos, quando ainda eram crianças.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Lígia Furlanetto, é possível que o pai de santo tenha abusado de mais pessoas, que não teriam registrado ocorrência. Por isso, o caso continua sob investigação. Segundo a delegada apurou, a uma das vítimas o pai de santo chegou a dizer que o segredo do procedimento não podia ser violado. “O que se presume é que provavelmente outras vítimas tenham sofrido a mesma coisa e ficaram constrangidas de registrar a ocorrência”, disse Lígia Furlanetto.

Durante seu depoimento, Marcos de Iemanjá reiterou que os atos eram parte dos rituais e um pedido das entidades das vítimas. Ele será indiciado por estupro mediante fraude e estupro de vulnerável. O Conselho Municipal do Povo de Terreiro emitiu nota de repúdio sobre o caso e afirmou que nenhuma religião de matriz africana práticas como as que o pai de santo adotava. (Com informações da GloboNews e Zero Hora)

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