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Orlando Silva (PCdoB) assina carta de intenções com moradores de rua

Comunista reuniu-se com representantes da população de rua, que cresceu 50% nos últimos cinco anos em São Paulo, chegando a 25 mil pessoas

atualizado

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Bruno Cirillo/Especial Metrópoles
Orlando Silva (PCdoB), candidato à Prefeitura de São Paulo
1 de 1 Orlando Silva (PCdoB), candidato à Prefeitura de São Paulo - Foto: Bruno Cirillo/Especial Metrópoles

São Paulo – O candidato Orlando Silva (PCdoB), que tem 1% das intenções de voto na corrida pela Prefeitura de São Paulo, reuniu-se na tarde de sexta-feira (23/10) com representantes da população de rua para assinar uma carta de compromissos, caso seja eleito.

O deputado federal, que participa de uma frente parlamentar voltada para essa camada da população, apontou um aumento de 50% no número de desabrigados da cidade, em cinco anos, chegando a cerca de 25 mil pessoas sem moradia.

“É uma população que tem demandas muito próprias, muito específicas. A linha da Prefeitura tem que ser de acolhimento. Os abrigos, albergues, são muito grandes e estão em condições muito precárias. Precisam ser melhor cuidados para a população ser melhor atendida”, afirmou Silva ao Metrópoles antes da reunião, realizada no Sindicato dos Bancários de São Paulo, no Centro da cidade.

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O candidato contou que a crise econômica e a pandemia do novo coronavírus agravaram a situação da população de rua nos últimos anos.

“Eles têm uma série de demandas relativas a trabalho, moradia, apoio para cooperativas de coleta de resíduos sólidos, então vamos dialogar com eles”, disse, lembrando que a maior parte da população de rua é negra: “A questão racial pesa na medida em que a pobreza tem cor no Brasil. A pobreza é negra no Brasil”.

UNE

Na quinta-feira (21/10), numa entrevista de apoio ao Projeto Negros do Bixiga, também localizado na região central da capital paulista, Silva lembrou que foi o primeiro negro a liderar a União Nacional dos Estudantes (UNE),”no mesmo ano em que comemorava-se 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares, em 1995″. A gravação foi realizada na associação cultural Casa Mestre Ananias.

“A Bela Vista era o lugar de chegada para os negros que vinham do Nordeste e imigrantes italianos. O Bixiga, em especial, era um quilombo”, lembrou Silva, que já morou na região. “Não há nada que represente melhor o passado desse bairro ítalo-africano do que as festas de Achiropita e da Pastoral Afro-brasileira”, disse o candidato, em referência às comemorações anuais da Paróquia Nossa Senhora do Achiropita.

Questionado sobre a participação dos negros na política — 52,2% da população brasileira são negros (pretos e pardos) e nas eleições deste ano representam 50% dos candidatos no País —, Silva respondeu que entre os 17 candidatos em São Paulo, apenas três se declararam negros: ele próprio, Vera Lúcia (PSTU) e Antônio Carlos (PCO).

“O problema não é candidatura”, afirmou o deputado, lembrando que 2014 foi a primeira eleição em que os candidatos puderam autodeclarar sua etnia. “A diferença maior está entre os eleitos, o que se deve à capacidade de financiar a campanha e a influência dentro dos partidos”, observou, informando que, no Congresso Nacional, a participação de parlamentares negros e pardos é de 20% do total.

Ao fim da entrevista com o Projeto Negros do Bixiga, o candidato assinou uma carta de compromissos com a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), que mandou uma representante para participar da reunião.

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