Operação Fundo Fake investiga fraudes em fundos de previdências municipais
Cerca de R$500 milhões dos Regimes Próprios de Previdência Social foram fraudados pela organização criminosa
atualizado
Compartilhar notícia

A Operação Fundo Fake, que investiga esquemas de corrupção em gestões dos institutos de previdência municipais, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (15/07). Foram expedidos 71 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais.
A investigação foi iniciada pela PF de Rondônia ao apurar fraudes nos cofres dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) por uma empresa contratada para prestar consultoria financeira para aplicações de investimento. Porém, os valores eram repassados aos sócios da companhia.
A prática é conhecida como “rebate”, dois quais eram desviados mais de 20% dos valores investidos. Além disso, as instituições financeiras também criaram fundos de investimentos que aportavam valores entre si, como um efeito cascata para multiplicar os ganhos com taxas de administração.
Segundo os investigadores, o prejuízo foi de R$ 17,4 milhões de reais apenas para os cofres do Rolim Previ. Outros 65 institutos de previdência de todo o Brasil investiram em fundos administrados por uma das instituições investigadas na operação. Cerca de R$500 milhões de reais das RPPSs foram fraudados ao todo nos “fundos fake”.
Com os indícios, um dos gestores da Rolim Previ foi afastado do cargo. Ele já foi investigado anteriormente pela PF e indiciado pelo mesmo crime de conduta criminosa.
Os investigados serão ouvidos nas sedes da Polícia Federal e responderão, na medida de sua participação, por crimes contra o sistema financeiro nacional, corrupção ativa e passiva, e organização criminosa, além da lavagem de dinheiro.