metropoles.com

Número de mulheres que adotam sobrenome do marido caiu 24% desde 2002

Até 2002, em 59,2% dos matrimônios as mulheres escolhiam ter o sobrenome do marido. Na última década, o percentual caiu para 45%

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/ Freepik
Homem dando aliança para mulher
1 de 1 Homem dando aliança para mulher - Foto: Reprodução/ Freepik

O número de mulheres que adotam o sobrenome do marido após o casamento caiu 24% nos últimos 20 anos. Desde 2002, quando Código Civil passou a permitir aos noivos que adotassem o sobrenome um do outro no matrimônio, a prática vem caindo paulatinamente.

De acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que representa a classe dos Oficiais de Registro Civil de todo o país, antes de a possibilidade do homem também adotar o sobrenome da mulher, as esposas escolhiam ter o sobrenome dos maridos em 59,2% dos matrimônios.

A partir da mudança, uma queda na tradição passou a ser registrada. Na primeira “década” desta mudança – 2002 a 2010 -, a média de mulheres que optavam por acrescentar o sobrenome do marido passou a representar 52,5%. Já na segunda “década” de vigência da atual legislação – 2011 a 2020 –, este percentual passou a ser de 45%.

“As informações dos Cartórios de Registro Civil são um retrato fiel da sociedade brasileira, uma vez que conservam os dados primários de sua população”, diz Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.

“No caso dos casamentos, foi nítido o caminhar da sociedade no sentido de maior igualdade entre os gêneros, com a mulher deixando de estar submissa ao marido e assumindo um papel de protagonismo na vida civil”, avalia Fiscarelli.

Mudança

Se o número de mulheres que adotavam o sobrenome do marido vem caindo ao longo dos anos, a escolha dos brasileiros tem sido cada vez mais pela manutenção dos nomes originais de família, em uma tendência que se acelera ao longo dos anos. Houve um aumento 31% dessa decisão desde a edição do atual Código Civil.

Em 2002, a manutenção do nome original representava 35,7% dos matrimônios no país. A novidade introduzida pelo atual Código Civil brasileiro de adoção do sobrenome da mulher pelo homem ainda não prosperou na sociedade, representando em 2021 apenas 0,7% das escolhas no momento do casamento, percentual que atingiu seu ponto máximo em 2005, quando foi a opção em 2% dos matrimônios.

A mudança dos sobrenomes por ambos os cônjuges no casamento representou, em 2021, 7,7% das escolhas, tendo atingido seu pico em 2014, quando foi opção em 13,8% das celebrações.

A escolha dos sobrenomes do futuro casal deve ser comunicada ao Cartório de Registro Civil no ato da habilitação do casamento – quando são apresentados os documentos pessoais previstos em lei. A pessoa que altera um nome deve providenciar a alteração de todos os seus documentos pessoais – RG, CNH, Título de Eleitor, Passaporte, cadastro bancário, registros imobiliários e no local de trabalho.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?