“Nosso país está tomado pelo ódio”, diz pastor Gilmar após ser solto
Religioso passou a ser investigado após ser citado em áudio pelo então ministro Milton Ribeiro. Preso esta semana, foi solto pela Justiça
atualizado
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Goiânia – O pastor Gilmar Santos, um dos alvos da operação da Polícia Federal que apura desvios de verba no Ministério da Educação, afirmou em uma rede social que é inocente e que a prisão foi ilegal. Ele declarou ainda, logo após ser solto na capital federal, que “o nosso país está tomado pelo ódio”.
O pastor, que fez a declaração na noite de quinta-feira (23/6), passou a ser investigado após ser citado em áudio pelo então ministro Milton Ribeiro. O religioso foi solto por decisão judicial.
“Irmãos, não há julgamento ou veredicto sob o meu nome, o que mostra a ilegalidade desta prisão, sem lastro na legislação brasileira, reconhecidamente inconstitucional”, escreveu em uma rede social.

Pastor Gilmar Santos diz que é inocente após ser preso em operação da Polícia Federal Reprodução: redes sociais

Pastor Gilmar Santos em culto horas antes de ser preso Reprodução/Youtube

Reprodução

Reprodução/Instagram

Conhecido no meio evangélico, pastor Gilmar é próximo de Bolsonaro Instagram

Pastor Gilmar é evangélico da Assembleia de Deus Instagram

Pastor Gilmar era chamado de "pregador de multidões" Insgram

Pastor Gilmar faz profecia para pastor Marco Feliciano Reprodução/Youtube

Pastor Arilton Moura em primeiro plano em reunião com Bolsonaro e pastor Gilmar em 2019 Palácio do Planalto

Pastor Gilmar Santos gravou vídeo agradecendo apoio de fiéis Instagram

Ministro da Educação, Milton Ribeiro, ao lado do pastor Gilmar Santos, da Assembleia de Deus Reprodução/Instagram

Gilmar Santos ao lado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, em fevereiro de 2021 Reprodução

Encontro com presença de Jair Bolsonaro foi organizado por Gilmar para discutir os rumos da educação no Brasil Reprodução

Culto numa igreja de Ipameri (GO), na presença de João Campos e do deputado estadual por Goiás, Jeferson Rodrigues (Republicanos) Reprodução

Gilmar Santos ao lado do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado (MDB), que faleceu no ano passado Reprodução

Reunião com o ministro, ao lado do deputado federal goiano João Campos (Republicanos) Reprodução

Reunião ocorreu em dezembro de 2021 Reprodução

Gilmar Santos ao lado do deputado João Campos, sendo recebido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira Reprodução
Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são investigados por atuarem informalmente junto a prefeitos para a liberação de recursos do Ministério da Educação.
Além deles, também foram presos o ex-ministro, o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Helder Barbosa e o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do Ministério da Educação (MEC) Luciano Musse.
“Fome ao poder”
Na rede social, o religioso também disse que o país “está tomado pelo ódio e fome ao poder, com interesses políticos manipulando a verdade e a transparência dos fatos”. ‘Como sabemos, existe uma luta incansável para enfraquecer o governo eleito”, afirmou ele, referindo-se ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mais adiante, Gilmar continuou: “Meu compromisso segue o mesmo desde o momento em que Deus me chamou para ser parte de sua grande obra, levar a palavra da verdade aos quatro cantos da terra”.
Investigado
O nome de Gilmar foi citado por Milton Ribeiro em áudios divulgados em março deste ano. Nas gravações, o ex-chefe do MEC indica que a prioridade de repasse de verbas seria ditada por dois pastores, a pedido de Bolsonaro.
Depois, novo áudio do ministro foi divulgado negando os favorecimentos. Na época, o religioso negou participar de “gabinete paralelo”.
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