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Mulher é condenada por matar amante com facadas na cabeça em Goiás

Tribunal do Júri de Goiânia condenou Vanusa Lima da Cruz, de 40 anos, pelo homicídio de Erlan Correa da Silva, de 48, em outubro de 2020

atualizado

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Pessoa segurando um martelo típico de juiz- Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando um martelo típico de juiz- Metrópoles - Foto: Tetra Images/Getty Images

Goiânia – O Tribunal do Júri de Goiânia condenou na última terça-feira (9/8) uma mulher de 40 anos por matar a facadas o amante, de 48, em outubro de 2020, dentro de um quarto, no setor Jardim Conquista, região leste da capital. Vanusa Lima da Cruz deverá cumprir pena de oito anos e oito meses de prisão, em regime inicialmente fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, presidiu a sessão. Segundo o processo, Erlan Correa da Silva foi morto em 31 de outubro de 2020. Durante o julgamento, o Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu a condenação da acusada, enquanto a defesa dela solicitou a absolvição.

De acordo com a denúncia, Vanusa vivia e um companheiro viviam em em regime de união estável há mais de 14 anos e, juntos, tiveram três filhos, de 12, 8 e 2 anos de idade, respectivamente.

Briga e encontro

No dia do crime, após uma discussão do casal, o marido de Vanusa foi dormir sozinho em uma outra casa do mesmo lote onde moravam. Em seguida, segundo o MPGO, ela saiu para se divertir e se encontrou com o amante, com o qual mantinha um relacionamento amoroso havia dois anos.

Mais tarde, após ingerirem bebida alcoólica juntos por aproximadamente uma hora, Vanusa e o amante foram para a casa dela, onde, segundo a denúncia, ela o matou com vários golpes de faca na cabeça, os quais foram a causa de sua morte por traumatismo crânio encefálico. Segundo a Justiça, o motivo não ficou esclarecido.

Depois de cometer o homicídio, de acordo com a denúncia, Vanusa teria contado com a ajuda de outra pessoa, que não foi identificada, para levar o corpo da vítima até o quintal do mesmo lote. O corpo foi colocado dentro de uma cama box, junto de uma dezena de outros objetos.

Em seguida, de acordo com o MPGO, Vanusa lavou o piso e a parede da casa na tentativa de fazer desaparecer os vestígios de sangue. Segundo a denúncia, as provas encontradas na cena do crime e no corpo da vítima indicaram que ela estava em um momento de descanso, deitada, relativamente imóvel quando foi golpeada. Por isso, o Ministério Público entendeu que a mulher impediu que o amante se defendesse.

Defesa

No entanto, durante o julgamento, a defesa solicitou a absolvição da mulher alegando que ela não poderia ter agido de outra forma ou que agiu sob legítima defesa por causa de suposta discussão entre os dois.

De acordo com o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, a culpabilidade de Vanusa foi considerada elevada, já que, conforme observou, ela agrediu a vítima por meio de ação contundente de alta energia que gerou traumatismo cranioencefálico grave.

A mulher vai continuar presa no estabelecimento prisional em que se encontra até serem esgotadas todas as chances de recurso.

O Metrópoles não encontrou contato da defesa de Vanusa até o momento em que este texto foi publicado, mas o espaço segue aberto para manifestações.

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