metropoles.com

Mulher é condenada a 6 anos de prisão por matar homem que a assediou

O crime ocorreu entre colegas de trabalho em uma empresa na região metropolitana de Palmas (TO)

atualizado

Compartilhar notícia

ISTOCK
homem segurando faca
1 de 1 homem segurando faca - Foto: ISTOCK

Uma mulher de 39 anos foi condenada, no Tocantins, a seis anos de prisão, em regime semiaberto, por matar um homem que a assediou a golpes de faca. Ela trabalha como auxiliar administrativa e contou, ao Tribunal do Juri de Palmas (TO), ter sido encurralada pelo colega de trabalho após uma discussão.

“Ele torceu meu braço e eu recuei. Eu não queria que ele me tocasse. Eu fiquei com muito medo de ele me violentar, o que seria pior. O que seria pior, ser violentada ou estar aqui hoje? Eu não sei dizer para vocês”, disse a mulher em sua defesa. “A faca estava lá. Eu não levei faca de casa. Eu não premeditei nada”, defendeu-se.

Por 4 votos a 3, os jurados a consideraram culpada por matar o colega de trabalho, um soldador, com uma faca tipo peixeira.

O homicídio ocorreu em 17 de abril de 2012, por volta das 16 horas, em uma empresa de mineração, no município de Porto Nacional, região metropolitana de Palmas.

A mulher foi denunciada em 24 de agosto daquele ano pelo Ministério Público do Estado. De acordo com o MP, o soldador, então com 20 anos, pediu à mulher uma contribuição para uma vaquinha para comprar uma merenda e a mulher pediu para que ele não conversasse com ela.

“A vítima insistiu. Ambos começaram a discutir, momento em que a denunciada apoderou-se de uma faca, tipo peixeira, desferindo um golpe na vítima”, afirmou Abel Andrade Leal Júnior.

“Relatam os autos que denunciada e vítima discutiram anteriormente pelo mesmo motivo, uma vez que a vítima havia falado, em tom de brincadeira, que a denunciada iria contribuir com o ‘rabo da vaca’ para a vaquinha da merenda, fato este que desagradou a denunciada.”

No dia do julgamento, um funcionário da empresa também foi ouvido pelos jurados e seu relato foi determinante para a condenação. A testemunha declarou que, no dia do homicídio, o soldador estava “pegando no pé” da mulher. Segundo a testemunha, a “brincadeira era uma humilhação”.

“Umas brincadeiras desfazendo, de mau gosto, no meu ponto de vista. Lá só existia ela de mulher. O resto era tudo homem. Não sei quantos, tinha muito homem lá. Tava brincando no pé dela, eu vi que ela não estava gostando.”, relatou. “O que aconteceu foi que os dois começaram a discutir. Conversa vem, conversa vem, eles discutindo ali. Foi de repente”.

“Foi rapidinho, ela pegou a faca e furou ele”, contou a testemunha durante o julgamento.

O laudo pericial apontou que a versão apresentada pela testemunha era verdadeira. A mulher poderá recorrer da sentença em liberdade.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?

Notificações