MPGO aponta indícios de manipulação em resultado de jogo entre Goiás e Goiânia
Na partida entre Goiás e Goiânia, em 12 de fevereiro de 2023, o Ministério Público vê indícios de manipulação de resultados
atualizado
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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) encontrou indícios de venda de resultado do primeiro tempo de uma partida do Campeonato Goiano deste ano, segundo informações divulgadas pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.
Uma partida entre os times Goiás e Goiânia, disputada no dia 12 de fevereiro de 2023, pela 10ª rodada do Campeonato Goiano, é o ponto chave das investigações do Ministério Público. Transições de conversas em aplicativos de mensagens mostram a venda de resultado realizada por jogadores.
Até o momento, a operação Penalidade Máxima, do MP, teve acesso a negociações sobre cometer pênaltis, receber cartões e bater escanteios. Entretanto, o resultado de 2 a 0 para o Goiás, com dois gols marcados ainda no primeiro tempo, são o novo alvo das investigações.
No dia 11 de fevereiro, o empresário Bruno Lopez, suspeito de chefiar o esquema, negocia com Denner Barbosa, jogador com influência entre colegas que jogavam o Campeonato Goiano, mas que na época jogava no Operário de Várzea Grande, time do Mato Grosso do Sul.
Na conversa, Denner sugere que um time nos times na partida teria toda a sua defesa cooptada e aconselha a derrota em 2 a 0 no primeiro tempo ao apostador.
Depois de duas horas, a conversa entre os dois é retomada, o jogador do Operário de Várzea Grande declara que fechou o negócio com os atletas do Goiânia. Bruno diz que o negócio está fechado e oferece R$ 10 mil para cada um dos esportistas. Logo após, o apostador envia o comprovante de depósito no valor de R$ 20 mil na conta de Denner Barbosa, como um adiantamento.
No dia 14 de fevereiro, após a vitória do Goiás, Denner e Bruno comemoram o resultado do jogo.
Cadeia
A Justiça determinou a prisão preventiva de Bruno Lopez.
Denner Barbosa prestou depoimento ao Ministério Público no dia 25 de abril, mas não foi denunciado. A defesa do jogador declarou à reportagem que o atleta fingiu que participaria do esquema para receber dinheiro de uma dívida antiga que Bruno tinha com ele.
Segundo os advogados de Denner, ele teria encerrado o contato com Bruno logo após o envio do comprovante de pagamento no valor de R$ 20 mil.
