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Morre cardeal dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de SP, aos 87 anos

Arcebispo emérito de São Paulo lutava contra um câncer de pulmão. Papa Francisco o considerava um “grande amigo”

atualizado

Reprodução/Diocese de Santo André
Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, morre aos 87 anos. Ele é branco, tem olhos claros e cabelo liso e grisalho. Usa roupa religiosa e olha para a câmera - Metrópoles

O cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, morreu na manhã desta segunda-feira (4/7), em decorrência de um câncer de pulmão. Em nota de “pesar e esperança”, a informação foi confirmada pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, da Arquidiocese de São Paulo.

Dom Cláudio, como era chamado, entrou para a vida religiosa na Ordem Franciscana dos Frades Menores, e recebeu ordenação sacerdotal em 1958 e a ordenação episcopal em 1975. Muito ligado ao papa Francisco, Hummes foi quem o ajudou a escolher o nome do pontífice.

O papa relatou que Hummes estava ao seu lado, no Conclave, no momento da escolha. “Quando a coisa ficou mais ‘perigosa’, ele me confortava; quando os votos chegaram a dois terços, ocasião em que há o aplauso habitual porque o papa é eleito, ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres'”, descreveu Francisco em entrevista à imprensa, em 2013.

Trajetória

Nascido em 8 de agosto de 1934, em Montenegro (RS), dedicou-se à vida na Igreja desde os 17 anos de idade. Foi bispo diocesano de Santo André (SP), e arcebispo de Fortaleza e de São Paulo. Dom Cláudio tinha doutorado em filosofia, com especialização em ecumenismo no Bossey Institute em Genebra; atuou como professor, teólogo, reitor e bispo.

Hummes também ocupou a função de Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, e da recém criada Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA). O clérigo também dedicou-se à causa da população em situação de vulnerabilidade, como operários malpagos e vítimas das mudanças climáticas.

Em 2019, no Sínodo da Amazônia, em Roma, Dom Cláudio defendeu a demarcação de terras indígenas.

“Nós sabemos que, para os indígenas, isso é fundamental. Também as reservas geograficamente delimitadas são importantíssimas para a preservação da Amazônia”, declarou em coletiva de imprensa na época.

O corpo será velado na Catedral Metropolitana de São Paulo, a Catedral da Sé, na região central da capital paulista. O horário, no entanto, ainda não foi divulgado.

Veja a nota de pesar da Arquidiocese de São Paulo:

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