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Moro sobre plano do PCC: “Preço alto a se pagar por combater o crime”

Polícia Federal realizou operação contra grupo que planejava sequestro e assassinato de Moro e outras autoridades

atualizado

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Ex-juiz Sergio Moro chega no evento de lançamento da pré-candidatura à presidência da república do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar
1 de 1 Ex-juiz Sergio Moro chega no evento de lançamento da pré-candidatura à presidência da república do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou que foi informado no fim de janeiro sobre o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrá-lo e matá-lo. Nesta quarta-feira (22/3), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sequaz, que desarticulou o plano de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, entre eles, o juiz da Lava jato e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista à GloboNews, Moro disse que a situação foi “assustadora” para ele e sua família. “Mas é um preço alto a se pagar pelo combate que a gente fez ao crime organizado. Não só como juiz, mas como ministro da Justiça. Fomos muito rigorosos na forma da lei contra a criminalidade organizada”.

Os criminosos alugaram imóveis na rua do senador e chegaram a seguir a família do ex-juiz pelo menos desde janeiro deste ano. Devido ao risco de atentado, Sergio Moro e seus familiares já estavam com escolta da Polícia Militar do Paraná.

Além do ex-juiz, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), era alvo do PCC.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em cinco unidades da Federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. De acordo com as diligências da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e Paraná. Nove pessoas foram detidas.

Dino reage a insinuações

O ministro da Justiça, Flávio Dino, se indignou com as associações feitas sobre declarações dele e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à organização criminosa que pretendia agir contra Moro. Em coletiva de imprensa concedida nesta quarta, horas após operação da Polícia Federal, Dino afirmou que “é vil, é leviana, é descabida qualquer vinculação a esses eventos com a política brasileira”.

Dino chamou as associações de “mau-caratismo” de quem tenta politizar uma operação séria. “Tão séria, que está aqui preservando e investigando uma ação contra a vida de um senador de oposição e de outros agentes públicos”, ressaltou o ministro.

Nessa terça-feira (21/3), o presidente Lula relembrou, em entrevista ao site Brasil 247, a época em que esteve preso por causa da Operação Lava Jato, em Curitiba, e expôs vontade de se vingar de Moro. Chegou a dizer que, ao receber na cela a visita de procuradores para saber se estava tudo bem, ele respondia: “Não está tudo bem. Só vai estar tudo bem quando eu foder esse Moro”.

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