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Moro sobre caso João Hélio em 2007: “Em outro país, seria perpétua”

Um dos condenados por arrastar a criança de carro teve progressão para domiciliar. Ministro diz que com seu pacote anticrime não aconteceria

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Sergio Moro na Comissão Especial da Câmara
1 de 1 Sergio Moro na Comissão Especial da Câmara - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que, se o seu projeto de lei anticrime fosse aprovado, Carlos Roberto da Silva, um dos quatro responsáveis pela morte do menino João Hélio em 2007, não teria progressão da pena para regime domiciliar. A mudança do regime foi definida nesta semana.

Pelo Twitter, o chefe da Pasta disse que, em outros países, o crime seria motivo de prisão perpétua. Para Moro, a vida humana no Brasil é “barata”.

Carlos Roberto da Silva, conhecido como “Carlinhos sem pescoço”, foi condenado a uma pena de 39 anos de prisão em 2008, mas, após 10 anos de prisão, será monitorado em casa por uma tornozeleira eletrônica.

De acordo com sentença da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio, Carlos deve permanecer em casa das 22h às 6h. Nos fins de semana e feriados, ele não poderá sair de sua residência. A sentença impõe ainda outras restrição: o condenado não pode deixar o estado sem autorização judicial e qualquer mudança de endereço dentro do estado deve ser comunicada imediatamente ao órgão responsável.

O caso
O crime aconteceu no dia 7 de fevereiro de 2007. Rosa Cristina, mãe de João Hélio, 6 anos, voltava para casa com o menino e a outra filha, Aline, 14. Ela parou em um sinal de trânsito na Rua João Vicente, zona norte do Rio, quando foi abordada por homens armados, entre eles, Carlos Roberto. Os criminosos ordenaram que eles saíssem imediatamente do carro.

Rosa e Aline, que estavam nos bancos da frente, conseguiram sair. Quando Rosa foi tirar o menino, que estava preso ao cinto de segurança no banco de trás, um dos criminosos bateu a porta e arrancou com o carro. João Hélio ficou preso do lado de fora do carro e foi arrastado por sete quilômetros, ao longo de quatro bairros da zona zorte.

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