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Moraes autoriza PF a ouvir Valdemar Costa Neto sobre minuta golpista

Alexandre de Moraes acatou pedido da Polícia Federal, e autoridades devem conduzir interrogatório com o presidente do PL em até 5 dias

atualizado

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
Valdemar Costa Neto, presidente do PL
1 de 1 Valdemar Costa Neto, presidente do PL - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a ouvir Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Isso acontece após o dirigente partidário assumir, em entrevista, ter recebido diversos documentos semelhantes à minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres. Por determinação do magistrado, a oitiva com o correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro deve ocorrer em até cinco dias.

Alexandre de Moraes acatou o argumento de que os fatos apontados pela PF são conexos com o inquérito 4.923/DF, que investiga o envolvimento de pessoas nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. O ministro afirma que as minutas possuem “caráter manifestamente ilegal e inconstitucional”.

Moraes ainda afirma que esses documentos devem ser esclarecidos no “contexto mais amplo desta investigação, notadamente no que diz respeito à adesão, por terceiras pessoas, de eventual intenção golpista”.

O magistrado ressalta que as minutas podem atestar os crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, previstos nos artigos 359-M e 359-L, respectivamente, do Código Penal.

“Em recente entrevista a veículos jornalísticos, Valdemar da Costa Neto, presidente do partido político PL, disse que chegou a receber várias propostas, documentos que supostamente poderiam questionar ou alterar no TSE o resultado eleitoral e que teve o cuidado de triturar tais documentos”, argumentou a PF na solicitação.

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As minutas golpistas

O presidente nacional do PL foi questionado pelo jornal O Globo se a minuta golpista encontrada na residência de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi discutida no entorno do então presidente da República.

“Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava [o papel] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei. A pressão em cima dele foi uma barbaridade”, confessou Valdemar.

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