Monark alega ter “conhecimento superficial” sobre nazismo ao depor
Ex-apresentador do Flow Podcast prestou depoimento à Polícia Civil. Ele também não citou estar bêbado, como havia feito em fevereiro
atualizado
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São Paulo – O apresentador Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, afirmou que “tem poucos conhecimentos” sobre o nazismo. A fala veio durante o depoimento do youtuber nessa quarta-feira (9/3), no 4º Distrito Policial (Consolação), em São Paulo, sobre a apologia ao nazismo feita por ele durante a apresentação do Flow Podcast.
O caso aconteceu em fevereiro deste ano e Monark passou a ser investigado pela Polícia Civil. O apresentador defendeu a existência de um partido nazista no Brasil. O podcaster também afirmou que “se um cara quisesse ser antijudeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”.

Bruno Aiub, o Monark Reprodução/Instagram

Afirmações de Monark aconteceram em edição do Flow que recebeu a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) Reprodução

No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”

Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais, alegando que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias Reprodução/Instagram

Um dia após o ocorrido, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu denúncia contra o apresentador, que solicita a abertura de processo criminal contra ele Reprodução

Por causa da polêmica e repercussão negativa, o apresentador foi demitido dos Estúdios Flow e o episódio em questão foi retirado do ar Reprodução

Além da FFERJ, figuras do mundo esportivo se posicionaram sobre as declarações e convidados também cancelaram suas participações no podcast, entre eles o ex-jogador Zico e o humorista Maurício Meirelles Reprodução
Segundo informações do G1, em seu depoimento, Monark alegou possuir um “conhecimento superficial” sobre o tema. Ainda nas declarações, o apresentador não citou que estava bêbado durante o momento das falas.
A resposta foi diferente da justificativa apresentada por Monark em um pedido de desculpas, que foi gravado em vídeo pouco tempo após o ocorrido.
“Eu estava bêbado. Falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica e eu peço perdão”, afirmou na época.
A Polícia Civil segue investigando o caso por apologia ao nazismo e discriminação contra judeus. Caso o inquérito comprove que houve uma incitação à discriminação ou ao preconceito, Monark pode ter de pagar uma multa e até ser preso com reclusão de um a três anos.