Ministro diz que auxílio a caminhoneiros e taxistas pode ser prorrogado
O governo já começou a pagar as seis parcelas de R$ 1 mil previstas. Benefícios para caminhoneiros e taxistas vão até dezembro
atualizado
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O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, afirmou, nesta segnuda-feira (25/8), que trabalhará para tornar permanentes os benefícios pagos a caminhoneiros e taxistas. Até então, as parcelas do auxílio estão previstas para terminar em dezembro.
“Eu não vejo problema dessa política se perpetuar. É claro que vai depender da situação econômica do Brasil e do mundo. Eu vejo com bons olhos que sigamos com essa distribuição de renda. No que depender de mim e do nosso presidente, vamos trabalhar para que esses benefícios se perpetuem, sim”, afirmou o ministro.

Como o próprio nome sugere, a PEC dos auxílios é uma proposta de emenda à Constituição que tem como objetivo estipular um pacote de R$ 41,25 bilhões para reduzir, por meio da ampliação de auxílios e criação de novos benefícios sociais, o impacto dos aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis Jefferson Rudy/Agência Senado

Milhões de brasileiros são beneficiários do Auxílio Brasil Vinícius Schmidt/Metrópoles

Também consta na lista de benefícios a criação de um auxílio financeiro que deverá ser pago a motoristas de táxi para abastecimento do veículo profissional, ao custo de R$ 2 bilhões. Outros pontos da matéria são: ampliação do Vale-Gás, para o equivalente ao preço de um botijão por bimestre, medida orçada em R$ 1,5 bilhão Felipe Menezes/Metrópoles

Criação de um voucher mensal de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos. A medida, que custará R$ 5,4 bilhões, contempla apenas os caminhoneiros com Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Carga (RNTRC) Vinícius Schmidt/Metrópoles

Os R$ 3,35 bilhões restantes servirão para assegurar o atual regime especial e a diferenciação tributária do etanol, em comparação com a gasolina. A União se propõe, ainda, a ressarcir estados que aderirem à gratuidade para idosos nas passagens de transporte público Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo especialistas, o resultado de um rombo de R$ 41 bilhões aos cofres públicos pode gerar repercussão negativa no futuro, em função do processo de deterioração fiscal. Isso porque a PEC pode provocar desequilíbrio e prejudicar a renda das famílias brasileiras a longo prazo Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles

TCU Tribunal de Contas da União TCU Felipe Menezes/Metrópoles

A PEC dos Auxílios prevê, ainda, que eventuais despesas extras com benefícios sociais em 2022 não serão contabilizadas no limite de teto de gastos, impedindo a regulação de outras regras fiscais que exigiriam cortes de despesas para compensar o gastos extras, por exemplo Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O teto de gastos é considerado um dos principais fatores de estabilidade econômica do país. Desrespeitá-lo, portanto, é visto por analistas como um sinal de incerteza que resulta em maior volatilidade do câmbio e das taxas de juros do mercado financeiro Myke Sena/Especial Metrópoles

Dessa forma, na prática, o cenário de desconfiança pode ocasionar uma desvalorização do real, e um potencial de elevação dos índices inflacionários Hugo Barreto/Metrópoles
Ambos os programas visam conceder até seis parcelas de R$ 1 mil cada, observado o limite global disponível para o pagamento do benefício. Ao todo, o governo destina R$ 7,4 bilhões aos repasses.
Até o momento, 190.861 caminhoneiros receberam as primeiras duas parcelas de R$ 1 mil. Nesta terça-feira (16/8), 245.213 taxistas também receberão R$ 2 mil, referente às duas parcelas.