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Ministério da Saúde confirma variante da Índia em Minas Gerais

Já são oito casos com a variante originária do país asiático no Brasil, sendo seis em São Luís no Maranhão e um em Campos do Goytacazes, Rio

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Triagem de passageiros na Rodoviária Tietê, na zona norte de São Paulo, contra cepa indiana do coronavírus
1 de 1 Triagem de passageiros na Rodoviária Tietê, na zona norte de São Paulo, contra cepa indiana do coronavírus - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (27/5) que o paciente contaminado com Covid-19 em Juiz de Fora (MG) está infectado com a cepa do vírus originária da Índia. A informação foi divulgada pela CNN.

De acordo com informações da pasta, o paciente chegou na capital de São Paulo capital e foi de carro até Juiz de Fora.

O ministério ainda diz que no Brasil ele só teve contato com a esposa, que está assintomática, em isolamento domiciliar e em monitoramento.

Agora são oito casos com a variante originária da Índia no Brasil, sendo seis em São Luís no Maranhão e um em Campos do Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Briga de responsabilidades

A entrada de um passageiro diagnosticado com a variante indiana do coronavírus, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), nessa quarta-feira (26/5), causou um mal-estar entre a Secretaria de Saúde do estado e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De um lado, o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, responsabilizou a agência pelo caso. Em entrevista à GloboNews, ele disse que o viajante não poderia ter sido autorizado a circular pelo aeroporto livremente.

Questionado sobre quem deveria ter barrado o passageiro, o secretário disse que “é a Anvisa que é responsável pelos aeroportos” e que “qualquer abordagem a um passageiro com sintomas ou com teste positivo deve ter encaminhamento pela agência”.

Por sua vez, a Anvisa nega responsabilidade pelo caso e afirma que o passageiro foi abordado na chegada ao Brasil e declarou que não estava com sintomas.

“O passageiro em questão chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático, e a agência abordou esse passageiro e mais outros 12 viajantes [com passagem pela Índia ou outras áreas de risco], antes da imigração, e lavrou para todos um Termo de Controle Sanitário do Viajante (TCSV)”, afirma a agência.

A agência diz ainda que “não é competência da Anvisa o monitoramento de pessoas em trânsito entre estados e municípios”.

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Variante em 53 países

A variante indiana da Covid-19 foi identificada em pelo menos 53 países, conforme dados divulgados nessa quarta-feira (26/5) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A cepa B.1.617 é considerada como uma mutação que demanda preocupação global, por apresentar características que indicam alta transmissibilidade.

O órgão também afirmou que, segundo informações não oficiais, há pacientes com a variante indiana em outros sete países. Entres eles, estão nações como China e Nova Zelândia, exemplos no combate à pandemia.

Variante indiana diminui eficácia de vacinas

Diretores da OMS reforçaram, no início de maio, que a entidade realiza o monitoramento e sequenciamento genético dos vírus, e as informações indicam que a variante indiana tem capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus.

Além disso, segundo a cientista chefe da agência, Soumya Swaminathan, as vacinas contra a Covid-19 e os tratamentos disponíveis são eficazes contra a cepa indiana, de acordo com as pesquisas feitas até aquele momento. Novo documento, no entanto, mostra que a variante B.1617 diminui a eficácia dos imunizantes da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca, para 88% e 66%, respectivamente.

Entre 5 de abril e 16 de maio, foram realizados estudos para analisar casos sintomáticos da Covid-19. O artigo ainda não foi publicado e aguarda revisão de outros cientistas.

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