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Minas em Maceió: velocidade reduz e solo afunda 1cm por hora

No espaço de cinco dias, foram mais de 1 mil tremores registrados em Maceió, Alagoas. O total de deslocamento vertical até agora é de 1,43cm

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Predios vazios no bairro do Pinheiro após tragédia causada pela Mineradora Braskem em Maceió - Metrópoles
1 de 1 Predios vazios no bairro do Pinheiro após tragédia causada pela Mineradora Braskem em Maceió - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A velocidade de afundamento da área ao redor de mina de sal-gema em Maceió, Alagoas, reduziu de 2,6cm para 1cm por hora. A informação foi atualizada pela Defesa Civil na noite desta sexta-feira (1º/12).

Além disso, nas últimas 24h, o sensor da cavidade registrou deslocamento vertical acumulado de 1,43cm.

O Observatório de Causas de Grande Repercussão (OCGR), formado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), se juntou às equipes que monitoram em nível máximo a situação.

A adesão ao caso permite o uso de mecanismos de apoio e cooperação, como a elaboração de estudos e medidas de aperfeiçoamento do sistema de Justiça para o enfrentamento de tais situações.

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Contudo, ainda sim, o pior cenário seria o colapso da área, com uma cratera que poderia chegar a 152m de raio. O bairro de Mutange, em Maceió (AL), que faz parte da zona crítica para risco de colapso de mina da Braskem, registrou mais de mil abalos sísmicos no espaço de cinco dias. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Problema antigo

O problema em torno do afundamento na região onde ficam as 35 minas de sal-gema da Braskem veio à tona em março de 2018, quando um forte tremor atingiu a área. O risco iminente de formação de crateras levou à saída emergencial de cerca de 55 mil pessoas da área. O problema foi constatado por diversos órgãos.

Como mostrou reportagem do Metrópolesgrandes quantidades de sal-gema foram encontradas no subsolo de Maceió na década de 1960, e, em 1976, a empresa Salgem — que passou ao comando da Braskem, em 2002 — começou a cavar minas na região, com anuência das autoridades locais.

A mineração na região só parou em março de 2019, após ter sido confirmada a relação com o afundamento.

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