metropoles.com

Mesmo com Exército, 2º tiroteio é registrado na Rocinha neste sábado

A comunidade vive um clima de confronto entre traficantes e a madrugada foi marcada por rajadas de tiros. O Exército ocupa a região

atualizado

Compartilhar notícia

Marcos Arcoverde / Estadão
exercito rio 2
1 de 1 exercito rio 2 - Foto: Marcos Arcoverde / Estadão

No segundo dia da presença das Forças Armadas no Rio de Janeiro, a favela da Rocinha teve mais um tiroteio neste sábado (23/9). A comunidade vive um clima de confronto entre traficantes e a madrugada foi marcada por rajadas de tiros.

O governo federal autorizou a atuação de 950 homens do Exército para reforçar a segurança do local e afirmou que mais 3 mil estão de prontidão. Até as 13h40 já haviam sido presos cinco homens acusados de liderarem os ataques. Também foram apreendidos 16 fuzis, 2 pistolas, 12 granadas, munição, rádios transmissores e anotações usadas pelos criminosos. A ação conjunta da Polícia Militar, Civil e Forças Armadas na região não tem prazo para acabar.

Enquanto os barulhos de tiros assombravam a população da Rocinha, a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro concedia entrevista coletiva com o balanço das operações, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

Relembre
Depois de quase uma semana de tiroteios no Rio, as Forças Armadas foram chamadas na sexta-feira (22) para cercar a Rocinha – a mais conhecida comunidade da capital –, diante do reconhecimento de que o Estado perdeu o controle na guerra deflagrada pelo crime.

0

A atual onda de intensos tiroteios na Rocinha começou no domingo passado (17) quando o chefe do tráfico de drogas no morro, Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, se desentendeu com o seu antecessor, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, preso desde 2011. No domingo, os tiroteios deixaram um morto.

Nem estaria insatisfeito com a atuação de Rogério 157 e teria tentado expulsar o seu grupo da favela, por meio de ordens dadas de dentro da prisão. A relação pode ter piorado depois da união da ADA com a facção paulista PCC. Já Rogério teria matado aliados de seu antecessor e mandado expulsar Danúbia de Souza Rangel, mulher de Nem, do morro.

Em represália, Nem teria incitado criminosos da ADA de outros morros, como Vila Vintém, Morro dos Macacos e São Carlos a tentar retomar a favela. A tentativa, porém, foi frustrada, e Rogério continua no alto do morro, segundo informações da Polícia. Danúbia, que é foragida e ostenta alto poder aquisitivo nas redes sociais, também estaria no local. Os dois corpos carbonizados encontrados pela polícia seriam do grupo de Rogério.

Na segunda-feira, 18, o porta-voz da Polícia Militar do Rio, major Ivan Blaz, e o delegado-titular da 11ª DP (Rocinha), Antônio Ricardo, admitiram que sabiam que poderia haver confronto entre traficantes na Rocinha no dia anterior. Blaz afirmou que a Polícia Militar não agiu com mais força para acabar com o confronto porque a intervenção poderia vitimar moradores. Já Ricardo acrescentou que não sabia que o confronto, que durou cinco horas, “seria desta proporção”.

Na quarta-feira, 20, o governador do Rio afirmou que soube na madrugada do domingo que haveria confronto entre traficantes e pediu que a polícia não interviesse, o que causou polêmica. (Com informações da Agência Estado)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?