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Menino Henry Borel é retratado como anjo em mural pintado no Rio

Ao fundo da imagem, o padrasto, o vereador DR. Jairinho, e a mãe, Monique, foram desenhados como demônios. Eles são acusados do crime

atualizado

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Reprodução – Redes Sociais
Imagem do menino Henry em muro da zona norte do Rio
1 de 1 Imagem do menino Henry em muro da zona norte do Rio - Foto: Reprodução – Redes Sociais

Rio de Janeiro – O menino Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março, foi homenageado com um mural feito por artistas e grafiteiros em Rocha Miranda, na zona norte, no sábado (10/4). O garoto foi retratado como um anjo, com asas e uma auréola.

Ao fundo da imagem, o padrasto, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) e a mãe, Monique Medeiros, foram pintados como demônios com chifres, olhos vermelhos e tridentes. Eles estão presos acusados do crime.

A  pintura no muro de cerca de 6 metros de comprimento e 3 metros de altura foi feita com ajuda dos amigos e grafiteiros Thiago Harynk e Alex Bomb. Antes que o mural fosse finalizado, a imagem tomou as redes sociais, com elogios e críticas negativas.

“Muita gente achou a imagem pesada, outras concordaram. As pessoas não entenderam muito a nossa proposta, que é mostrar a realidade, o bem e o mal, o sofrimento daquela criança com a família. Não foi só uma homenagem, foi um protesto. Nossa intenção foi chocar, chamar a atenção. Se fizesse só o menino, ia ficar bonito, mas não iria passar a realidade”, afirmou Thiago Harynk, que é pai de três filhos, em entrevista ao Jornal Extra.

Caso Henry

O menino Henry morreu no dia 8 de março. Segundo Leniel Borel, pai do garoto, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe e Jairinho.

Durante a madrugada, o casal levou o menino, que já chegou morto, para o hospital Barra D’Or, zona oeste. Na delegacia, mãe e padrasto alegaram acidente doméstico. Mas o laudo cadavérico atestou morte violenta.

Segundo investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca), Jairinho torturou o menino, pelo menos, uma vez. Ele e Monique serão indiciados por tortura e homicídio qualificado.

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