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Vídeo. Pesquisadores fazem registro raríssimo de 40 cachalotes em SP

Mamíferos foram vistos no litoral por pesquisadores que monitoravam as áreas de exploração de petróleo do pré-sal, na Bacia de Santos

atualizado

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Socioambiental Consultores Associados/Divulgação
cachalotes
1 de 1 cachalotes - Foto: Socioambiental Consultores Associados/Divulgação

Imagens feitas a mais de 300 quilômetros das praias no litoral de São Paulo mostraram um momento raríssimo. Quarenta cachalotes (Physeter macrocephalus), que chegam a aproximadamente 18 metros de comprimento, foram vistas por pesquisadores que monitoravam as áreas de exploração de petróleo do pré-sal, na Bacia de Santos.

As imagens, feitas em 18 de fevereiro deste ano, mostraram o momento em que os espécimes, que pesam até 57 toneladas, se deslocavam pela superfície da água. O registro é considerado raro pelos pesquisadores integrantes do grupo Socioambiental Consultores Associados, que faz o monitoramento para a Petrobras.

 

Isso porque na região, são comuns apenas baleias e golfinhos, e em grupos menores. Ao portal UOL, o coordenador da Socioambiental, o biólogo José Olimpio, explicou que as chances de ocorrência deste tipo de animal são mais comuns na região Sul do país. O vídeo raro e fotos feitas no local servirão de base para estudos.

Mamíferos aquáticos, as cachalotes não são baleias, embora as duas espécies tenham certas semelhanças. A Physeter macrocephalus é classificada como vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Comuns em todos os oceanos, elas têm como predador natural a orca (Orcinus orca), mas a principal ameaça hoje é a captura acidental em redes de pesca e a colisão com grandes embarcações em alto-mar.

Moby Dick
O animal serviu de inspiração para o norte-americano Hermann Melville escrever o clássico Moby Dick, com minucioso detalhamento da vida desses mamíferos marinhos, a partir do ataque de um animal ao baleeiro Essex, ocorrido no oceano pacífico em 20 de novembro de 1820. O naufrágio deixou 20 tripulantes à deriva durante três meses. Apesar da fúria descrita na obra, os cachalotes são extremamente sociáveis e apresentam fácil interação com humanos.

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