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Desmatamento na Amazônia cresceu 418% em janeiro, diz Inpe

Dados do sistema Deter-B foram divulgados nesta sexta-feira (11/2) pelo instituto. Mais de 430 km² estiveram sob alerta de desmatamento

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fotografia colorida de floresta em Roraima
1 de 1 Fotografia colorida de floresta em Roraima - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Mais de 430 km² da Amazônia estiveram sob alerta de desmatamento no mês de janeiro deste ano, mostram dados do sistema Deter-B divulgados nesta sexta-feira (11/2) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esta é a maior área desmatada para o mês desde 2016, início da série histórica do sistema.

Houve um crescimento de 418% em relação a janeiro de 2021, ainda que este ano tenha chovido mais na região.

Os alertas de desmatamento se concentram sobretudo nos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará. “Os estímulos para o desmatamento têm sido tão evidentes que, mesmo em janeiro, quando o desmatamento costuma ser mais baixo por conta do período chuvoso na região amazônica, a destruição disparou”, alerta a porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti.

“De fato, esse é um momento de ouro para quem desmata e/ou rouba terras públicas, já que existe uma falta proposital de fiscalização ambiental e expectativa de alteração na legislação para regularizar a invasão de terras públicas”, complementa a especialista.

Segundo análise do Greenpeace Brasil, 22,5% da área com alertas de desmatamento entre 1 e 21 de janeiro deste ano se concentraram nas florestas públicas não destinadas, alvo frequente de grilagem de terras.

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