Médico preso após estupro é réu por erro médico; mulher ficou em coma
Após diagnóstico errado, paciente perdeu dedão do pé e passou 23 dias em coma
atualizado
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Rio de Janeiro – O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso após ser flagrado estuprando uma grávida na sala de parto, já é réu em um processo no qual é acusado de erro médico. Segundo o G1, ele é réu ao lado o Hospital Mario Lioni, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e outros três profissionais.
No processo, Giovanni Quintella é apontado como um dos profissionais que erraram no diagnóstico de uma mulher que acabou perdendo o dedão do pé e chegou a passar 23 dias em coma. O médico nunca apresentou defesa nos autos do processo. A paciente também pede indenização por danos morais.
O caso aconteceu em julho de 2018. A paciente procurou atendimento no Hospital Mario Lioni com sintomas de falta de ar, tosse, tontura, delírios, calafrios e dificuldade na respiração.

Câmera no centro cirúrgico flagrou o momento em que Giovanni Quintella Bezerra coloca o pênis na boca de mulher durante cesariana Reprodução/Vídeo

O médico estava em atendimento no Hospital da Mulher Heloneida Studart. Ele pegou um papel para limpar a paciente após o crime Reprodução/Vídeo

O profissional foi preso logo após o flagrante da câmera Reprodução/Vídeo

O homem age no centro cirúrgico sem ser notado pelos colegas que estão ao lado Reprodução/Vídeo

Ele responderá por estupro de vulnerável Reprodução/Vídeo

A equipe de enfermagem estava desconfiada de Giovanni Quintela há um mês Reprodução/Vídeo

Ele estuprou paciente ao lado dos colegas no centro cirúrgico Reprodução/Vídeo

Nas imagens, é possível ver Giovanni com a mão no pênis e na paciente Reprodução/Vídeo

A todo instante o anestesista olhava para os lados durante a ação Reprodução/Vídeo

Médico aparece com a mão nas partes íntimas durante cirurgia Reprodução/Vídeo
O primeiro diagnóstico de uma médica plantonista era de infecção urinária. Segundo informações do G1, a equipe de enfermagem alertou à médica sobre a necessidade de exames complementares, mas foram descartados pela profissional.
A paciente acabou retornando ao hospital onde foi atendida por Giovanni. Segundo o processo, o anestesista reafirmou o diagnóstico de infecção e disse que o físico da paciente estava bem, e que ela estaria com ansiedade.
Com a piora do quadro, a mulher passou a sentir dores fortes de cabeça, nas costas e tosse com sangue. Ela se consultou com um terceiro profissional do hospital, um cardiologista, já com sintomas graves.
A mulher precisou ser encaminhada ao Hospital de Irajá, na zona norte do Rio, onde foi descoberto que ela estava com H1N1 (gripe suína). Além da gripe, foi contatada uma pneumonia severa, em onde apenas 25% dos seus pulmões estavam em funcionamento. Ela ficou em coma por 23 dias, devido a uma trombose por falta de fluxo sanguíneo.
A mulher acabou perdendo o polegar do pé direito, em decorrência das complicações. Ela também acabou tendo o nervo do joelho direito afetado e o tendão de Aquiles precisou ser reconstruído. Além de perda de cabelo, distrofia muscular e perda de memória antiga.
As advogadas da paciente entraram com uma ação indenizatória por erro médico contra os três profissionais e o hospital.
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