Médica Nise Yamaguchi pede desculpas após declaração sobre o Holocausto
Por meio de nota, a defesa da oncologista afirmou ter havido “interpretações errôneas sobre o assunto ao grande sofrimento judaico”
atualizado
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Afastada pelo Hospital Israelita Albert Einsten no sábado (11/7), após uma fala polêmica sobre o holocausto, a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi pediu desculpas pelo comentário. Ela afirmou ter havido “interpretações errôneas sobre o assunto ao grande sofrimento judaico”.
Quando foi suspensa, a pesquisadora disse que o motivo teria sido por ela defender o uso precoce de hidroxicloroquina em pacientes com coronavírus.
No entanto, em nota divulgada pelo próprio hospital, o motivo real de seu afastamento está em uma fala na qual ela apontou que os judeus, na época do Holocausto, eram “massa de rebanho”. Segundo ela, famintas, as vítimas iam “alegremente” para os campos de concentração nazistas.
Agora, o comitê de ética do hospital investiga a fala da médica, dada ao programa Impressões, da TV Brasil. Ela será ouvida nesta semana. O presidente do hospital, Sidney Klajner, acredita que ela possa ser demitida.
Por meio de um advogado, Nise se defendeu neste domingo (12/7). “É, portanto, inegável que o posicionamento da doutora Nise Yamaguchi nunca foi antissemita, ao contrário, expressa verdadeira e irrestrita admiração ao conhecimento e toda a contribuição que o povo judeu deu ao planeta, quer por suas percepções científicas, quer pela sua convivência mais íntima, como por exemplo, de sua irmã Greice Naomi Yamaguchi, convertida ao judaísmo”, declarou.
“Por fim, [a doutora Nise] manifesta o pedido de desculpas por expressões outras e interpretações errôneas sobre assuntos sensíveis ao grande sofrimento judaico que envolveram seu nome, pois é solidária à dor dessa ilustre comunidade como a maior das atrocidades de nossa história ocidental”, concluiu o defensor.