MEC orienta mulheres que relataram violência em redação do Enem a denunciar
O Ministério da Educação vai publicar, em seu portal, orientações para que elas tomem iniciativa de procurar o “Ligue 180”, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres
atualizado
Compartilhar notícia
Das mulheres que escreveram a redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) no ano passado, 55 deram “depoimentos contundentes” sobre o tema violência contra a mulher – seja como vítimas ou como testemunhas. O Ministério da Educação vai publicar, em seu portal, orientações para que elas tomem iniciativa de procurar o Ligue 180, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres.
“Como temos o compromisso do sigilo, queremos evitar o contato direto com as mulheres que relataram preocupantes situações de estupro e violência, principalmente porque o agressor pode ser uma pessoa muito próxima”, disse o ministro, Aloizio Mercadante. “Por isso, as recomendações serão divulgadas publicamente”.
Segundo ele, o tema foi importante não só por levar mais de 5,8 milhões de participantes a refletirem sobre a violência contra a mulher, mas para reforçar o combate a essa prática – que, só no ano passado, resultou em 634.862 denúncias ao Ligue 180.
Apenas 104 candidatos obtiveram nota máxima – 1.000 – no texto, enquanto 53 mil receberam zero (não incluídos os que não compareceram ao segundo dia de provas ou, por algum motivo, como falta de tempo, não elaboraram a redação).
Houve uma maior concentração de candidatos na faixa de nota entre 501 e 600 pontos, um desempenho considerado “satisfatório”.