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Mãe de rapaz tatuado na testa se revolta com decisão de promotora

“É muito fácil dizer que não é tortura para filho de pobre. Se fosse filho de rico, seria tortura”, desabafou Vânia Rocha

atualizado

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Para a promotora de Justiça Giovana Ortolano Guerreiro Garcia, de São Paulo, o caso do adolescente que teve a testa tatuada com a frase “Eu sou ladrão e vacilão” em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, não se enquadra no crime de tortura. Os acusados Ronildo Moreira de Araújo e Maycon Wesley Carvalho dos Reis foram denunciados por constrangimento ilegal, lesão corporal e ameaça. A mãe do adolescente disse ao portal G1 que ficou chocada com a decisão.

“É muito fácil dizer que não é tortura para filho de pobre. Se fosse filho de rico, seria tortura”, desabafou Vânia Rocha ao jornal.  De acordo com a polícia, Maycon teria sido o responsável pela gravação e por ter divulgado, em grupos de WhatsApp, o vídeo do crime. A gravação se espalhou pela internet e contribuiu para que os agentes encontrassem os responsáveis em uma pensão, local onde teria ocorrido o crime.

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Nos vídeos, Maycon Wesley obriga o menino a “pedir” uma tatuagem com a palavra “ladrão” e faz o menino falar que tentou roubar uma bicicleta “de um homem que trabalha no farol”. Aos risos, o tatuador e o vizinho ainda perguntam se o menino gostou da tatuagem.

O jovem está internado em uma clínica para dependentes químicos e terá de se submeter a um tratamento para retirar a tatuagem. O crime de tortura é inafiançável e pode resultar em até oito anos de prisão.

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