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Lula se manifesta sobre líder do PT morto: “Diálogo, tolerância e paz”

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou perfil oficial no Twitter e fez publicações neste domingo (10/7) sobre o assassinato no Paraná

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ex-presidente Lula _ coletiva de imprensa Brasilia
1 de 1 Ex-presidente Lula _ coletiva de imprensa Brasilia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu perfil oficial no Twitter para manifestar-se sobre o líder do PT morto a tiros durante uma festa com tema do partido político, ocorrida na noite desse sábado (9/7), em Foz do Iguaçu, no Paraná.

As publicações são da manhã deste domingo. Lula escreveu que “precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz.

Veja o início da publicação de Lula no Twitter:

O Partido dos Trabalhadores também divulgou nota. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador nacional do Setorial de Segurança Pública do PT, Abdael Ambruster, escreveram que Marcelo era guarda municipal e militante do PT, tendo sido candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020.

“As últimas imagens de sua vida, gravadas no momento em que cantavam o parabéns, registram sua alegria de viver, seu entusiasmo com a militância, seu compromisso de vida com o PT e o presidente Lula”, diz trecho do texto.

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Eles também vão cobrar uma posição da PGR em relação ao assassinato do petista por um policial bolsonarista
A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas
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O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado durante sua festa de aniversário de 50 anos

Reprodução/Arquivo pessoal
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Eles também vão cobrar uma posição da PGR em relação ao assassinato do petista por um policial bolsonarista

Reprodução/Arquivo pessoal
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A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas

Reprodução/Arquivo pessoal

Veja a íntegra abaixo:

Mais um querido companheiro se foi nessa madrugada, vítima da intolerância, do ódio e da violência política. Em plena celebração de seu aniversário, em que comemorava seus 50 anos com familiares, amigos e companheiros, em Foz do Iguaçu, PR, nosso Marcelo Arruda foi assassinado por um bolsonarista que, pouco antes, havia interrompido a festa e ameaçado de armas na mão a todos os presentes, familiares, amigos, companheiros ali reunidos, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu.

Marcelo era guarda municipal e um grande militante do PT, tendo sido nosso candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020. As últimas imagens de sua vida, gravadas no momento em que cantavam o parabéns, registram sua alegria de viver, seu entusiasmo com a militância, seu compromisso de vida com o PT e o presidente Lula.

Antes de ser assassinado com três tiros pelo policial penal fascista que o abordou no estacionamento, Marcelo tentou ainda se defender com a arma funcional que tinha em seu carro e reagiu. O assassino de Marcelo também veio a falecer. Marcelo, no seu ato derradeiro e heróico, salvou inúmeras vidas, pois o fascista também ameaçava e poderia ter assassinado a todos na festa, inclusive a sua família.

Desde o começo do ano, quando lançou uma Campanha Nacional contra a Violência Política, o PT vem alertando a sociedade brasileira e as autoridades dos vários Poderes da República para a escalada de perseguição a parlamentares, filiados e filiadas, militantes de movimentos sociais e de outros partidos de esquerda e o crescimento da violência política no país.

Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos.

Marcelo estava na flor da idade, tinha uma vida pela frente com sua família, esposa e quatro filhos, a quem prestamos nossa total solidariedade e apoio, e sonhava com um Brasil justo e democrático, fraterno e solidário, que queria construir com o povo brasileiro a partir da derrota do fascismo e da eleição de Lula Presidente.

Basta de violência! Basta de destruição! É tempo de reconstrução e transformação do Brasil e das relações entre brasileiros e brasileiras! Vamos chorar e enterrar mais um companheiro que tombou vítima da violência política, basta!

Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Marcelo, não esqueceremos de você, em sua memória continuaremos na luta contra a violência, a injustiça e a intolerância. Presente, hoje e sempre!

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
Abdael Ambruster, coordenador nacional do Setorial de Segurança Pública do PT

Nas redes sociais, Gleisi também posicionou-se. Leia:

O caso

O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado durante sua festa de aniversário de 50 anos, ocorrida na noite deste sábado (9/7), em Foz do Iguaçu. A festa tinha como tema o PT.

Segundo relatos, por volta das 23h, um policial penal federal invadiu a festa, disparando contra o aniversariante. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas.

Relatos ainda apontam que o policial penal entrou na festa gritando o nome do presidente Jair Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçou a todos. Logo depois, ele saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo. Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal, que reagiu.

Inicialmente, a Polícia Civil informou que o atirador, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, tinha morrido após Marcelo revidar. Contudo, às 16h40, em coletiva de imprensa, a delegada Iane Cardoso informou que a polícia errou: o agressor estava vivo e foi levado ao hospital. Até a última atualização desta reportagem, ele estava internado.

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