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Loja Zara indeniza homem acusado por seguranças de roubar mochila

Fernandes Júnior foi retirado do banheiro por seguranças do Shopping da Bahia, que queriam que ele “devolvesse” o item

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Homem negro sendo coagido por dois seguranças
1 de 1 Homem negro sendo coagido por dois seguranças - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A loja Zara e o Shopping da Bahia fecharam um acordo extrajudicial e pagaram ao estudante negro Luiz Fernandes Júnior, de 28 anos, para que ele não seguisse com o processo judicial em que denuncia ter sido vítima de racismo.

De acordo com o estudante, o caso aconteceu quando os seguranças do shopping o tiraram do banheiro e o acusaram de ter roubado uma mochila da Zara. Contudo, Luiz Fernandes tinha acabado de comprar o item na loja por R$ 329.

Luiz Fernandes nasceu na Guiné-Bissau, mas está morando em São Francisco do Conde, município da Bahia, onde cursa o mestrado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Veja imagens do caso de racismo:

Segundo o advogado do estudante, Thiago Thobias, o acordo foi firmado no início deste mês, após negociações que iniciaram em janeiro.

“Em 22 anos atuando na defesa de vítimas de racismo, esse é um caso inédito para mim por três motivos: é a primeira vez que eu vejo uma empresa tomar a iniciativa de fazer um acordo extrajudicial, realizar esse acordo em tempo recorde e ainda por cima indenizar a parte ofendida com um valor muito superior ao que a Justiça brasileira costuma arbitrar”, reiterou Thobias.

Fernandes Júnior iria pedir inicialmente uma indenização no valor de R$ 1 milhão, contudo, devido a um termo de confidencialidade do acordo, o valor pago não foi divulgado.

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