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Lira diz que operação contra Bolsonaro é “preocupante” e pede “cautela”

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, disse que a operação não é positiva para o ambiente de articulação política

atualizado

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Arthur Lira
1 de 1 Arthur Lira - Foto: Igor Estrela/Metrópoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quarta-feira (3/5), que a suposta fraude no cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “preocupante”. No entanto, Lira pediu “cautela” em relação aos desdobramentos políticos do caso.

“Do ponto de vista sanitário é preocupante. Do político, é preciso cautela”, avaliou, em entrevista à Globo News. O presidente da Câmara disse que a operação não é positiva para o ambiente de articulação política, mas que pautas prioritárias para o país, como o arcabouço fiscal, não devem ser afetadas pela investigação.

“Não altera [o ambiente para o arcabouço]. O que aconteceu hoje não foi bom e não deve melhorar o ambiente. (…) Essa polarização, nas conversas com os líderes, estamos preservando. É uma matéria importante para o país, o país todo anseia por uma baixa dos juros. Se a polarização vier para matérias econômicas, perdemos todos”, avaliou.

Lira também afirmou que ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que avalia a inelegibilidade de Bolsonaro pode potencializar a campanha de governadores que apoiam o ex-presidente, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná).

“É uma decisão que pode ser precipitada. Mas é uma questão de Justiça, se quem vai julgar concorda que o mérito vale perda dos direitos, tudo bem. Mas acho que vai fortalecer a direita neste momento”, opinou.

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Operação contra Bolsonaro

A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta quarta-feira (3/5), o celular do ex-presidente Jair Bolsonaro. O mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do político em um condomínio do Jardim Botânico, a 13km do centro de Brasília. Bolsonaro não forneceu a senha do celular.

A medida ocorreu no âmbito da Operação Venire, que investiga uma associação criminosa acusada pelos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

No total, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Ao menos dois ajudantes de ordem e seguranças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram presos. Um deles é o ex-policial Max Guilherme, ex-assessor especial de Bolsonaro.

Outros dois presos são Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança de Bolsonaro. Um outro assessor, Marcelo Câmara, foi alvo de busca e apreensão. Todos viajaram para Orlando, nos Estados Unidos, com o ex-presidente, no final de 2022.

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