Justiça nega habeas corpus a diretora de escola acusada de maus-tratos
Roberta Serme é procurada pela polícia e é investigada por tortura, periclitação de vida, submissão a vexame e associação criminosa
atualizado
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São Paulo -A pedagoga Roberta Serme, de 40 anos, investigada por maus-tratos a crianças e uma das donas da escola infantil Colmeia Mágica, localizada na Zona Leste de São Paulo, teve liminar em habeas corpus negada pela desembargadora Ely Amioka, da 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A mulher teve a prisão temporária decretada, no último dia 22 de março, por suspeita de maus-tratos, tortura, periclitação de vida, submissão a vexame e associação criminosa. No entanto, ela está foragida.

Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, localizada na Vila Formosa, zona leste de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica está sendo investigada pelo Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), da 8ª Delegacia Seccional Fábio Vieira/Metrópoles

Policiais cumprem mandado de busca e apreensão na escola infantil Colmeia Mágica Reprodução/TV Globo

Justiça decretou prisão preventiva de Roberta Serme, dona e diretora da escola infantil Colmeia Mágica, irmã de Fernanda Reprodução

Escola infantil de São Paulo amarrava crianças em lençóis, como se fossem camisas de força Reprodução/Redes sociais

Relatos apontam que crianças sofriam diversos tipos de maus-tratos Reprodução/Redes sociais

Crianças sofrem maus-tratos em escola de São Paulo Reprodução/Redes sociais
Conforme a decisão da desembargadora, a liminar se confunde com a questão de mérito. Segundo o portal G1, o advogado da pedagoga, André Dias, diz que aguarda o julgamento do mérito do pedido de habeas corpus, que ainda será analisado pelos integrantes da Câmara Criminal.
Vídeos de maus-tratos
O caso ganhou repercussão depois que vídeos dos maus-tratos ocorridos na escola começaram a circular nas redes sociais. Nas imagens, as crianças que têm de 0 a 5 anos são vistas amarradas, imobilizadas, como se usassem “camisa de força”, presos as cadeirinhas, dentro de um banheiro da instituição.
De acordo com o Ministério Público (MP), que acompanha o caso, os alunos sofreram “intensos sofrimentos físicos e psicológicos”, baseado nos vídeos das crianças amarradas, as fotos de algumas delas machucadas após saírem da escolinha, e os depoimentos de testemunhas (professoras que trabalhavam na Colmeia Mágica e pais de alunos).
Já no entendimento da Justiça, as provas demonstram que “há fortes indícios” de que a diretora esteja envolvida “na prática dos delitos”.