Justiça condena Cunha a 15 anos de prisão e confisca Porsche da Jesus.com
Além de um Porsche Cayenne S, foram confiscados um Ford Fusion AWD GTDI e um Ford Edge V6, todos os veículos estão em nome da “Jesus.com”
atualizado
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A 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba condenou o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), a 15 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do pagamento de vantagem indevida em contratos de fornecimento dos Navios-Sondas Petrobras 10.000 e Vitória 10.000, em 2011.
A decisão, no âmbito da Operação Lava Jato, é assinada pelo juiz federal Luiz Antonio Bonat, que também determinou o confisco de três veículos da empresa Jesus.com, antiga C3 Atividades de Internet, cujo sócio majoritário é o ex-deputado.
Em nota, a defesa de Cunha avisa que vai recorrer e que avalia que a sentença “não sobrevive à análise de qualquer Corte”.
Leia a íntegra:
“A defesa de Eduardo Cunha tomou conhecimento da estarrecedora sentença proferida na data de hoje pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Em um processo reconhecidamente sem provas, crimes que foram praticados por delatores são escandalosamente atribuídos a Eduardo Cunha, em uma absurda e esdrúxula ginástica argumentativa.
O magistrado condena Eduardo Cunha por dois requerimentos parlamentares de autoria de uma deputada que foi absolvida.
O magistrado condena Eduardo Cunha pela aquisição de sondas pela Petrobrás, operação que ocorreu muitos anos antes dos fatos que lhes foram imputados. Ou seja, Eduardo teria de ter viajado ao passado para cometer tal crime.
A sentença atribui a Eduardo Cunha a propriedade de recursos em posse de doleiros e operadores que fizeram delação premiada e usa como prova a palavra dos próprios delatores.
Por diversas vezes, a sentença atribui a Eduardo Cunha o dom de estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Trata-se de uma sentença teratológica, servil a uma visão punitivista, cruel e decadente de criminalização da política. A defesa de Eduardo Cunha irá interpor recurso e tem a convicção de que tal sentença não sobrevive à análise de qualquer Corte
Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados de Eduardo Cunha”.
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