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Jovens da geração Z querem carros, bikes, patins ou aplicativos? 

Duas pesquisas revelam: garotada de 18 a 25 anos sonha ter um veículo, mas procura mesmo mobilidade ativa, usando energia do próprio corpo 

atualizado

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Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
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O tema é controverso: afinal, a geração Z, aquela da faixa etária entre 18 e 25 anos, sonha mesmo em ter um carro? Em capitais com serviços de transporte público muito ruins, como Brasília, talvez eles queiram exatamente por isso. Um estudo da Specialist Researchers (HSR) revela que nove entre cada dez integrantes dessa turma comprariam um carro. Se tivessem condições, claro. Em outras faixas etárias, o desejo não é tão forte. 

 O estudo ouviu, nas principais capitais brasileiras, 1 mil pessoas das classes A, B e C, com idades entre 18 e 65 anos. E pode ajudar a nortear iniciativas do setor automobilístico – que deve se preparar para atender o sonho destes jovens. 

“Tanto no desenvolvimento de produtos adequados como no oferecimento de serviços que deem acesso ao bem sem grande comprometimento da renda dos jovens, como o de carros por assinatura”, diz Karina Milaré, diretora da HSR. Outra alternativa a ser pensada pelo setor é oferecer condições mais vantajosas para quem está iniciando a carreira. 

 A pesquisa “Movimentos Geracionais” teve como foco identificar os mitos e verdades sobre os valores e formas de consumo das novas gerações e mostrar que impactos estes comportamentos têm em negócios. Mas também é útil para ajudar as grandes cidades a refletirem sobre a questão da mobilidade urbana.

O carro é ainda o grande desejo de consumo e o meio de locomoção preferido de todas as gerações, fazendo com que a circulação viária continue sendo um desafio.

 

 Ao serem perguntados sobre os dois meios de transporte que escolheriam para se locomover no dia a dia, os entrevistados escolheram, em primeiro lugar, em todas as faixas etárias, o carro próprio, seguido por veículos de aplicativo. 

Em seguida, aparecem metrô, ônibus, bicicleta, carro alugado, trem e moto. Quando foi analisada a preferência por faixa etária, surgiram algumas peculiaridades. Entre a  geração X, de 41 a 60 anos, o carro próprio quase empatou com o transporte por aplicativo: o primeiro  foi citado por 51% dos entrevistados e o segundo por 50%. 

O Uber e similares, que são bem escolhidos pelos jovens (43%) e figuram como segunda opção desta geração, não tiveram boa performance entre os mais velhos.

Apenas 22% deles citaram os carros de aplicativo como um dos meios de transporte favoritos. 

Quem tem mais de 61 anos gosta muito de se locomover de metrô (45%), desprezado pela geração Z (apenas 20% cita este tipo de transporte sobre trilhos).

Mobilidade ativa
Outro levantamento bem recente, desta vez feito pela OLX, plataforma de venda online de usados e seminovos, aponta que os brasileiros procuram, sim, itens usados de mobilidade ativa — como são conhecidos os meios de locomoção que utilizam a energia do próprio corpo humano para o deslocamento. 

O estudo aponta que bicicletas, patins, skate e patinete foram os itens mais procurados e adquiridos pelos usuários entre os meses de janeiro e junho deste ano. 

Os paulistas são os que mais pesquisam e compram bicicletas por meio da plataforma, seguido dos fluminenses. Já Minas Gerais é o terceiro estado que mais procura o item na plataforma da OLX, enquanto os moradores do DF ocupam a mesma posição nas vendas de bikes.  

O estudo também aponta que, dependendo do item adquirido, usuários chegaram a economizar até 55% na compra on-line.

O levantamento da OLX também avaliou a variação no percentual de procura e venda dos itens de mobilidade ativa, no comparativo entre julho e junho deste ano. Os patins são os que apresentaram porcentagens mais expressivas.

“Diante de um cenário econômico desafiador e com o avanço da consciência ambiental, muitos brasileiros têm repensado a mobilidade urbana e também procurado formas de praticar atividade física, ao mesmo tempo em que aproveitam mais o espaço público”, destaca Regina Botter, General Manager da OLX”, destaca Regina Botter, General Manager da OLX.

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