Um dos fundadores do partido Novo, João Amoêdo anunciou que se desfiliou da sigla nesta sexta-feira (25/11). Por meio do Twitter, o ex-candidato à presidência da República alegou que o partido fundado em 2011 “não existe mais”.
Amoêdo afirmou que, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o Novo se desfigurou e se “distanciou da sua concepção original de ser uma instituição inovadora, que, com visão de longo prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na política.”
joão amoêdoBoletim Metrópoles/Reprodução
amoedo 3João Amoedo fundou o Novo e concorreu à presidência pelo partidoMichael Melo/Metrópoles
Amoêdo diz que Bolsonaro não tem capacidade para administrar a criseJoão Amoedo fundou o Novo e concorreu à presidência pelo partidoMichael Melo/Metrópoles
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João Amoêdo (Novo)João Amoêdo foi candidato a presidente da República em 2018Michael Melo/Metrópoles
O empresário acrescentou que o partido não mais o representa. Dessa forma, para ele, seria incoerente permanecer em uma sigla que tem visões, propósitos e condutas diferentes da dele.
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“O partido, mesmo com o péssimo desempenho eleitoral, com a perda de milhares de filiados, a saída de inúmeros dirigentes, não esboça qualquer sinal de retomar o caminho original”, escreveu.
Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010.
Deixo um agradecimento especial a todos que fizeram parte desse time que com dedicação, humildade e determinação transformaram em realidade o que parecia ser impossível. (1/8)— João Amoêdo (@joaodamoedo) November 25, 2022
Amoêdo foi alvo de intensas críticas dentro da sigla após declarar voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa ao Palácio do Planalto. Em outubro, o partido Novo suspendeu o empresário.
Em entrevista ao Boletim Metrópoles, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) disse ter pedido a João Amoêdo “que ele tenha a dignidade de se desfiliar do partido se não concordar com os rumos do Partido Novo”.
