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Guedes propõe corte de 25% no IPI e estuda liberar FGTS para dívidas

De acordo com o ministro, o corte no imposto será uma das ações do governo no sentido de permitir a “reindustrialização” do país

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Paulo Guedes em coletiva de imprensa
1 de 1 Paulo Guedes em coletiva de imprensa - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta terça-feira (22/2) um corte de 25% nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Essa seria uma medida para conter o aumento de preços generalizados e impulsionar o aumento da indústria.

Guedes declarou, também, que o governo estuda a possibilidade de liberar o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para que a população possa quitar dívidas.

“Você vê que a agricultura está voando porque ela não tem o imposto sobre produto agrícola, o IPA. Agora, a indústria brasileira está sofrendo nas últimas três, quatro décadas. Impostos altos, juros altos e encargos trabalhistas excessivos. Nós temos de atacar essas três questões, é uma questão de tempo. Vamos fazer um primeiro movimento agora, reduzir 25% do IPI. É um movimento de reindustrialização do Brasil”, afirmou durante evento promovido pelo BTG Pactual.

Segundo o chefe da Economia federal, o dinheiro que o governo deixará de receber com a oficialização da medida será compensado pela alta na arrecadação. Dessa forma, segundo a avaliação do ministro, o aumento de receita com a recuperação econômica não servirá para “inchar a máquina” do governo — que, em sua opinião, era o padrão das gestões anteriores.

A redução de 25% seria de R$ 20 bilhões para o governo federal e outros R$ 20 bilhões para estados, que tendem a resistir ao ajuste.

O imposto, por ter várias alíquotas, pode variar de zero a 300%, no caso de produtos prejudiciais à saúde, como cigarros. A primeira fase da proposta de reforma tributária começou em 2020, quando o governo afirmou que o IPI seria substituído por um imposto aplicado apenas a cigarros e bebidas alcoólicas. A medida, porém, está sendo discutida no Congresso Nacional.

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