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“Governo não vai mais aceitar a morte de inocentes”, afirma Temer

Em pronunciamento, presidente admitiu que intervenção federal é extrema, porém medida necessária ao combate do crime organizado no Rio

atualizado

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Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente Michel Temer (MDB) fez um pronunciamento em cadeia nacional, nesta sexta-feira (16/2), com transmissão via rádio e TV, a fim de explicar aos brasileiros a decisão de decretar intervenção federal na Segurança Pública no Rio de Janeiro. Temer voltou a comparar os episódios violentos na cidade com uma “metástase” ameaçando a tranquilidade do povo. Ele admitiu que a medida é extrema, porém necessária.

“O governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para derrotar o crime organizado e as quadrilhas. Não aceitaremos mais passivamente a morte de inocentes. É intolerável que estejamos enterrando pais e mães de família, trabalhadores honestos, policiais, jovens e crianças”, afirmou.

Temer nomeou, também nesta sexta, o comandante militar do Leste, general do Exército Walter Souza Braga Netto, como interventor no Rio de Janeiro. Com a decisão, Braga Netto possui todas as prerrogativas para comandar as forças policiais no estado. Braga Netto só está submetido às ordens do presidente. De acordo com o pronunciamento, a medida foi adotada em acordo com o governador fluminense, Luiz Fernando Pezão (MDB).

Balanço
Michel Temer relembrou em seu discurso o fechamento de rodovias devido a confrontos armados entre criminosos e policiais cariocas, além dos recorrentes casos de mortes e pessoas feridas, vítimas de balas perdidas no Rio de Janeiro. Como ponto positivo, o presidente afirmou que a desordem nas prisões será controlada.

“Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos, nem nossas praças continuarão a ser salões de festa do crime organizado. Nossas estradas devem ser rota segura para motoristas honestos, não vias de transportes de drogas ou roubo de cargas”, ressaltou.

Por fim, o presidente disse que o resultado da “batalha” será um caminho de sucesso, com o apoio “de todos os homens e mulheres do bem”, os quais serão parceiros do Estado no combate à violência. Temer reiterou que seu governo “tirou o país da pior recessão da história” e, citando a Constituição Federal, garantiu: “traremos segurança para o povo”.

 

Confira a íntegra do pronunciamento de Michel Temer: 

“Venho até você para fazer uma importante comunicação. Você sabe que o crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade de nosso povo. Por isso, decretei hoje intervenção federal na Segurança Pública no Rio de Janeiro. Tomo medida extrema porque assim exigiram as circunstâncias.

O governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para derrotar o crime organizado e as quadrilhas. Não aceitaremos mais passivamente a morte de inocentes. É intolerável que estejamos enterrando pais e mães de família, trabalhadores honestos, policiais, jovens e crianças.

Estamos vendo bairros inteiros sitiados, escolas sob a mira de fuzis, avenidas transformadas em trincheiras. Não vamos mais aceitar que matem nosso presente, nem continuem a assassinar nosso futuro.

A intervenção foi construída em diálogo com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Nomeei interventor o comandante militar do Leste, general Walter Souza Braga Netto, que terá poderes para restaurar a tranquilidade do povo. As polícias e as Forças Armadas estarão nas ruas, avenidas, comunidades. Unidos, derrotaremos aqueles que sequestram a tranquilidade do povo em nossas cidades. Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos, nem nossas praças continuarão a ser salões de festa do crime organizado. Nossas estradas devem ser rota segura para motoristas honestos, não vias de transportes de drogas ou roubo de cargas.

A desordem é a pior das guerras. Começamos uma batalha cujo o caminho é o sucesso. E contamos com todos os homens e mulheres de bem ao nosso lado, apoiando, sendo vigilantes e parceiros nessa luta.

Já resgatamos o progresso e retiramos o país da pior recessão de nossa história. É hora de restabelecer a ordem. E a manutenção da ordem foi o fundamento constitucional para a intervenção, tal como prescreve o artigo 34 da Constituição Federal. Unidos, traremos segurança para o povo brasileiro.

Obrigado pela atenção.

Boa noite.

Que Deus nos abençoe”

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